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SXSW

IA, presente e futuro

Pessoas que entendem pessoas sempre vencem e, quem entender como usar a inteligência artificial a seu favor, também


11 de março de 2023 - 18h48

Inteligência artifical de biometria por voz

(Crédito: Shutterstock)

Ontem foi a vez do presidente da Open IA – Greg Brockman – falar do grande tema da vez, a inteligência artificial. O ChatGPT foi lançado em novembro e em apenas alguns meses alcançou a mesma quantidade de pessoas que o Facebook levou cinco anos pra alcançar. O segredo? Tornar a tecnologia acessível. O objetivo primário da plataforma é realmente informar as pessoas e ajudá-las a resolver problemas que humanos não conseguem resolver sozinhos.

Estamos falando de uma “tecnologia pró-humanidade, que se propõe a ser a mais democrática possível”. O ChatGPT nasceu como uma tecnologia aberta em 2015 e começou como uma organização sem fins lucrativos. A ideia original era oferecer tudo aberto. Mas a busca por investimentos mudou o plano, já que ser escalável requer uma infraestrutura descomunal.

A ideia por detrás pode ser aplicada à medicina e ajudar a descobrir o tratamento pra uma doença misteriosa. Mas a intenção não é substituir os médicos, e sim desbloquear seus usuários, dando ideias do que pode ser feito. Amplificando o que o ser humano pode fazer.

Amy Webb hoje também teve IA como assunto principal da sua concorrida apresentação sobre tendências. Segundo ela, depois de todo o caos que vivemos durante a pandemia, começamos a nos sentir ainda mais sobrecarregados de tarefas e informações. Por isso, ela aconselha que, ao olhar pra tendências, nos concentremos nas convergências entre elas para encontrar novos padrões.

Segundo Amy, com a inteligência artificial,  a internet como a conhecemos acabou. Os tipos de informação que estávamos acostumados a acessar mudaram. E é a internet que dá um search na gente e não mais o contrário.

Com o desenvolvimento de códigos, o Google introduziu a expressão transformers. São os grandes modelos de linguagem, chamados GPT. Atualmente, apenas as grandes empresas podem executar essa quantidade de informações. Mas em 2030 poderemos ter um AI até 10 vezes mais potente do que hoje. O Google, por exemplo, já está desenvolvendo um mapeado de odores que permite identificar se uma pessoa esteve ou não em uma sala.

Mas ao contrário de ensinarmos nossas crianças a usarem AI, assim como eles usam uma calculadora hoje em dia, as escolas estão banindo as ferramentas. É como acreditar que deveríamos fazer todas as nossas contas de cabeça sem contar com uma ferramenta pra isso. “Ser capaz de usar a tecnologia assistiva dos computadores é o mesmo que nascer rico”, disse.

Em dez anos, no cenário positivo, não existirá apenas meia dúzia de empresas detendo toda as informações e não precisaremos fazer buscas pelo conteúdo, basta pedir pra assistência em alguma coisa. Em um cenário catastrófico, as informações perseguem você, os profissionais de marketing são substituídos pelos sistemas de inteligência artificial, e a tecnologia é projetada para mostrar o que as plataformas desejam e não exatamente o que queremos.

Após uma boa dose de pessimismo e susto sobre os cenários do futuro, entra em cena Rohit Bhargava e sua tradicional palestra sobre “15 Non-obvious Megatrends”, com humor e otimismo que pareciam propositalmente aparecer como um contraponto à palestra da Amy Webb.

De acordo com ele, 89% de todas as estatísticas são inventadas. Então, como encontramos o verdadeiro?

O desafio real não é prever o futuro, é antecipar o normal. A maioria das previsões futuras são inúteis. O único futuro que podemos fazer é aquele que somos capazes de imaginar.

E devemos pensar em como podemos transformar esse futuro catastrófico em um futuro bom. Como, por exemplo, usar IA para aumentar a nossa criatividade, na tendência que ele chama “Augmented Creativity”? .Que comecem os exercícios em torno do tema!

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