Minha 1ª vez no SXSW: focado em democratizar tendências para a GenZ brasileira
O meu objetivo principal é colocar a Geração Z como protagonista, tendo seu respectivo espaço nas mesas de tomadas de decisão para falar e ser ouvida
O meu objetivo principal é colocar a Geração Z como protagonista, tendo seu respectivo espaço nas mesas de tomadas de decisão para falar e ser ouvida
5 de março de 2024 - 18h20
Ao longo dos meus 24 anos, já dediquei 8 trabalhando com creator economy, e por isso a minha participação no South by Southwest é de extrema felicidade para mim. Venho tentando conter o FOMO (fear of missing out), que é o medo de perder algum assunto ou tema importante, além das preocupações que surgem pelo caminho. Será a minha primeira vez nos Estados Unidos e não me sinto seguro no inglês, apesar da fluência em espanhol. Mas é preciso encarar com coragem, porque meu propósito é claro: ir em busca de dados e informações para disseminá-las no Brasil de maneira acessível.
Sabendo que o SXSW aborda diferentes assuntos ao mesmo tempo, já me deram dicas que o importante é fazer uma curadoria sem se prender apenas no título das palestras e dos painéis, justamente para que o conteúdo seja o foco. Para as temáticas que cobrirei, geração Z e creator economy, este ano o evento conta com 9 painéis que possuem os termos ‘GenZ’ ou ‘Alpha’ no nome ou na descrição, sem contar os conteúdos de comportamento, educação, transformação digital e tantos outros que convergem com os novos consumidores. Ou seja, é um leque imenso de possibilidades, e não dá para estar em tudo ao mesmo tempo.
Por essa razão, minha expectativa também está em me conectar com as outras pessoas, especialmente brasileiros que estarão no evento e que representam uma das maiores delegações, para que possamos trocar repertórios e construir laços que continuem quando retornarmos ao Brasil. E como essa é a primeira vez que o evento está trazendo uma track exclusiva de creator economy com mais de 40 apresentações, 10 mentorias e 7 encontros, é essencial para mim, como CEO e fundador da Trope, consultoria da Geração Z, poder avaliar o que será apontado como tendências sobre esse mercado, para cruzar com a realidade do Brasil.
Vai ser importante ter a oportunidade de ir atrás de respostas para algumas das várias perguntas que costumam passar pela minha cabeça, como por exemplo: o que está sendo apontado hoje como construção das novas realidades? E o que é tendência para a geração Z de outros países? Será que para as mais de 51 milhões de pessoas plurais da GenZ no Brasil essas tendências também se aplicam?
Muitas vezes falamos sobre ‘inovação’ só pensando no novo, e precisamos resgatar que o processo de inovar é descentralizado, e parte de todos os contextos sociais, principalmente em um país emergente e com tamanha desigualdade. Se inovação é o que resolve problema, como posso usar do meu privilégio de presenciar esse evento para democratizar o acesso à geração Z brasileira, para que se inteirem das principais conversas globais sobre tendências de empreendedorismo, inovação e tecnologia? É a minha missão e foco.
Neste sentido, espero que com a minha participação no evento, eu possa realmente cruzar repertórios com pessoas de diferentes lugares, sejam do Brasil ou do mundo. Porque na minha perspectiva, a inovação, o avanço e o progresso só acontecem quando trocamos e conversamos para gerar conhecimento, sendo possível absorver vivências e experiências. Além disso, estou ansioso para trocas intergeracionais, buscando compreender gerações distintas, que possuem muito a contribuir com a GenZ brasileira.
Estou indo para Austin de coração muito aberto, para que me surpreenda. É claro que tenho expectativas, metas e objetivos para ir riscando da lista dia após dia, mas a dinâmica de um evento costuma ser fluída e vejo como fundamental não deixar oportunidades passarem para ficar preso a um cronograma restrito. Estou indo para fazer networking, consumir e produzir conteúdos em tempo real, e principalmente expandir meus horizontes e ajudar na evolução desses temas no nosso país.
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