Narrativa centrada em experiências humanas
Para quem trabalha com produção de filmes, este painel foi quase uma parada obrigatória
Para quem trabalha com produção de filmes, este painel foi quase uma parada obrigatória
16 de março de 2025 - 6h00
Um intensivo que deveria ser adotado em todos os cursos de formação de diretores de cena. O painel, apresentado pela diretora e produtora Cheryl Miller, abordou um framework de narrativa centrado no ser humano, destacando a importância de contar histórias que conectam emocionalmente com o público. Até aí, nenhuma novidade! O ponto alto desse painel foi a didática de Cheryl ao explicar como alcançar essa tão almejada conexão. Parece simples na teoria, mas, na prática, pode ser extremamente desafiador. Para isso, ela abordou pontos centrais nessa construção:
Princípios da Narrativa:
O framework é baseado em três princípios fundamentais.
O primeiro deles é “ouvir com o coração aberto”. Esse princípio destaca a importância de escutar ativamente as vozes e experiências das pessoas, especialmente aquelas que têm histórias vívidas para compartilhar. Isso cria uma conexão mais profunda e autêntica.
A estrutura de “Luta e Triunfo”:
Essa estrutura narrativa envolve personagens que enfrentam grandes desafios e superam obstáculos. Isso gera um envolvimento emocional mais intenso e ajuda o público a se identificar com as experiências narradas. Sob a perspectiva das marcas, essa estrutura pode ser usada para integrar produtos como parte da jornada heróica, aumentando a percepção positiva. Como exemplo, foi citada a recente jornada da ginasta Simone Biles, que abandonou as Olimpíadas de Tóquio devido a questões relacionadas à sua saúde mental e retornou, nas Olimpíadas de Paris (já recuperada), como a maior ginasta da história. Um dos patrocinadores da ginasta, o isotônico Powerade, não só apoiou o momento, mas também otimizou suas ações de marketing em torno do cuidado com questões de saúde mental.
Fomentar a Imaginação:
A apresentação enfatizou que a imaginação deve ser um motor para a criatividade e inovação. As histórias que utilizam tecnologia, como inteligência artificial, podem ser centradas nas experiências humanas e nas emoções, trazendo à tona narrativas significativas. Outro exemplo apresentado foi a campanha da Volkswagen, com Elis Regina e sua filha Maria Rita, que conseguiu se conectar emocionalmente com o público ao apresentar histórias que refletem tanto desafios pessoais quanto coletivos. A campanha não só promoveu o produto, mas também construiu vínculos emocionais que impulsionam a lealdade à marca.
Autenticidade e Relevância:
É crucial que as marcas se tornem parte da experiência do público, em vez de simplesmente interromper sua atenção com anúncios. Contar histórias emocionalmente ricas e significativas ajuda a construir uma conexão mais forte e memorável.
Impacto Emocional: O impacto emocional é um fator-chave em campanhas publicitárias bem-sucedidas. Marcas que adotam estratégias que integram valores e emoções em suas narrativas tendem a ter maior reconhecimento e recall por parte do público.
Esses princípios e exemplos oferecem insights valiosos para quem trabalha na construção de marcas, seja profissionais de produção de filmes publicitários, criação ou até mesmo clientes. Em um cenário onde somos bombardeados por conteúdo todos os dias, é importante ter em mente não apenas a venda, mas também conteúdos que ressoem profundamente com o público-alvo.
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