O festival onde todo mundo pode ser a próxima grande aposta
O SXSW é sobre a música, mas também sobre tudo o que gira em torno dela – inclusive as decisões que vão definir como, onde e por quanto tempo os artistas vão sobreviver nessa selva digital
O SXSW é sobre a música, mas também sobre tudo o que gira em torno dela – inclusive as decisões que vão definir como, onde e por quanto tempo os artistas vão sobreviver nessa selva digital
10 de março de 2025 - 11h36
Se você acha que já viu de tudo na música, é porque ainda não encarou o SXSW 2025. Aquele rolê anual onde artistas emergentes, veteranos tentando se reinventar e algumas apostas de gravadora se juntam para transformar Austin em um grande e caótico cardápio sonoro. Este ano, são mais de 1.400 bandas espalhadas por todos os cantos possíveis e impossíveis da cidade. Spoiler: você não vai conseguir ver tudo – e acredite, nem deveria.
No meio desse tsunami sonoro, algumas promessas já estão dando o que falar. Benson Boone, por exemplo, que tem cara de quem ainda pede RG para comprar cerveja, mas está surfando na nova onda do pop melódico. Tem também Passion Pit, provando que indie eletrônico ainda não morreu (só foi dormir mais cedo). E claro, um caminhão de artistas latinos e globais que mostram que, sim, a música está cada vez menos centrada nos mesmos eixos de sempre.
E o Brasil? Ah, o Brasil veio pesado! Jonathan Ferr trazendo jazz com aquele tempero moderno, Tagua Tagua garantindo seu lugar ao sol novamente, e nomes como Terraplana e Shower Curtain mostrando que o indie brasileiro não só existe como está muito bem, obrigado. Fora a curadoria da Billboard Brasil na SP House, que traz desde Simoninha & Jairzinho até Thiago Pantaleão, provando que diversidade musical não é um conceito, mas uma realidade.
Mas não é só de shows que vive o SXSW. Os painéis e debates também dão o tom das discussões que vão influenciar a indústria nos próximos anos. Streaming e sua eterna briga entre “descobrir novos talentos” e “pagar 0,00003 centavos por play”? Lá. Inteligência artificial na composição musical? Também. O futuro das turnês e experiências imersivas? Óbvio. Se tem um lugar onde o papo sobre o mercado musical fica interessante (ou pelo menos rende boas tretas), é aqui.
Então, se você veio esperando apenas ver shows, sinto muito, mas você está no evento errado. O SXSW é sobre a música, mas também sobre tudo o que gira em torno dela – inclusive as decisões que vão definir como, onde e por quanto tempo os artistas vão sobreviver nessa selva digital. Prepare-se para muita música boa, algumas apresentações que vão virar lenda e, claro, aquela dose inevitável de hipsters explicando porque a banda que você gostou já era melhor antes de assinar com uma gravadora. Nos vemos em Austin!
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