O futuro da Creator Economy e o papel da IA na nova era da criatividade
Como a chegada da Inteligência artificial modificou o mercado e o conceito de creator economy
Como a chegada da Inteligência artificial modificou o mercado e o conceito de creator economy
17 de março de 2025 - 14h48
O SXSW 2025 confirmou aquilo que já estava no nosso radar: a Creator Economy não é mais uma tendência – ela virou protagonista. Se antes os criadores eram vistos como canais de mídia, hoje eles são sócios estratégicos das marcas, cocriadores de produtos e experiências que geram valor de verdade. E mais: a Inteligência Artificial entrou definitivamente nesse jogo, não como uma ameaça à criatividade humana, mas como uma parceira para ampliar e escalar tudo aquilo que fazemos de melhor.
Durante nossa imersão em Austin, ficou claro que as marcas mais inovadoras já entenderam que o jogo mudou. Não se trata mais de contratar um creator para divulgar um produto, mas de integrá-lo ao processo de construção de marca, de desenvolvimento de comunidades e até de negócios. Sandy Carter, CEO da Unstoppable Domains, cravou:
“O futuro não é sobre ser criador. É sobre construir negócios que usam conteúdo como motor principal.”
Essa é a lógica que está movendo a nova fase da Creator Economy – um ecossistema maduro, robusto, onde conteúdo e comunidade se fundem para gerar valor sustentável.
Um dos temas mais fortes no SXSW foi como a Inteligência Artificial deixou de ser promessa e virou infraestrutura. Michael Springer, presidente da Sony AI, apresentou o projeto Gran Turismo Sophie como exemplo de IA super-humana, mas foi além. “A IA deve ser vista como tecnologia que amplia a criatividade humana, não que substitui”, afirmou. E a Sony não está só no discurso: tem investido pesado em sistemas que asseguram atribuição de direitos autorais e consentimento no uso de dados, temas cada vez mais urgentes na era das IAs generativas.
No painel “AI First, Human Always”, ficou evidente que estamos entrando numa nova lógica de negócios para criadores. Ferramentas no-code, IA generativa e agentes autônomos estão permitindo personalização em massa, sem perder qualidade ou relevância. Criadores estão escalando conteúdo e experiências, mas sem abrir mão da autenticidade e do toque humano – e quem souber equilibrar isso vai sair na frente.
Foi nessa linha que Fausto, mais conhecido como Jorginho, nosso parceiro e creator do Grupo Farol, soltou a real no palco da Casa São Paulo, evento paralelo que agitou Austin.
“A IA já é aliada estratégica. Quem souber integrar tecnologia com linguagem humana e cultural, vai dominar o jogo.”
Se tem uma coisa que ficou clara no SXSW 2025 é que o Brasil não está apenas na conversa global sobre criatividade – ele é protagonista. Ian Beacraft, CEO da Signal and Cipher, foi direto:
“A criatividade brasileira não é só estética. É estratégica. É sobre construir comunidades, criar narrativas culturalmente relevantes e gerar impacto de verdade.”
Na era da Creator Economy 2.0, diversidade e inclusão não são bandeiras: são ativos inegociáveis. A pluralidade brasileira, a capacidade de contar histórias que conectam, nos coloca num lugar de liderança nesse novo ciclo criativo e tecnológico.
O SXSW 2025 deixou um recado claro: o futuro da Creator Economy é colaborativo, híbrido e radicalmente humano. A IA já é parte da engrenagem criativa, e os criadores não são mais coadjuvantes – são arquitetos de marcas, produtos e experiências. Conteúdo é o novo capital social. E creators, os novos fundadores.
No Grupo Farol, voltamos de Austin com a certeza de que o futuro passa pela colaboração estratégica entre marcas, creators e tecnologia. E o nosso compromisso é desenhar estratégias onde a criatividade humana é o centro, potencializada pelas ferramentas mais inovadoras do mercado.
O que vem aí não é só uma nova fase do marketing. É uma nova era da criatividade. E nós estamos prontos para liderá-la.
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