Pacote básico de sobrevivência

5 de março de 2024 - 15h56

2024 marca minha terceira ida ao SXSW. O famoso FOMO (Fear Of Missing Out, ou o famoso medo de perder algo do evento) já não incomoda tanto. Tenho a sensação de que sei o que estou indo fazer lá e que posso tirar ainda mais dessa experiência. Portanto, se essa é sua primeira vez, vem comigo.

Começando pelo básico. É impossível ver tudo. A experiência de cada um com o festival é muito singular e depende muito das escolhas feitas. Por isso, vale dar uma estudadinha na programação, selecionar o que mais interessa, inclusive mais de uma coisa por horário, assim tem opção quando chega a hora de decidir, que muitas vezes essa escolha passa por conveniência – estar mais perto de onde será a palestra – se está muito cheia e com quem você vai junto. Mas se por um lado é bom ir com coisas pré-selecionadas, nas minhas idas eu nunca fui totalmente fiel ao cronograma e fui fazendo adaptações na hora, de acordo com o que me cabia e foi ótimo. Um pouco de improviso cai super bem também.

As palestras obviamente são o principal, mas o festival oferece mais que isso e vale explorar. Vale uma visita ao salão onde as inovações do momento são apresentadas, a experiência de ver coisas que ainda não ganharam o mundo, mas podem fazer parte da nossa vida em breve, é instigante. Eu acho sempre rápido e legal passar pela curadoria dos livros, ver os temas que mais são tratados na seleção, isso dá caldo para pensar nas apostas do festival. Sem falar nas ativações das marcas espalhadas pela cidade que dão um bom banho de atualização no repertório.

Dos highlights da programação, o que mais me animou foi a Masterclass da Amy Webb que vai ser dividida em 4 encontros ministrados junto com a sua equipe do Future Today Institute. Se ano passado um encontro já foi incrível, estou animada pelo que vem pela frente.

No mais, uma roupa confortável, uma garrafa d’água, um caderninho e um carregador de celular sempre me foi suficiente para as andanças do dia. Almoço é em qualquer lugar perto das palestras, mas lembro do carinho de um Lobster Roll que encontrei nas redondezas. Não vale perder tempo precioso de conhecimento. Porém, para jantar tem muita coisa legal e, se animar, ainda dá para ir nos bares tradicionais de Country.

E por fim, mas não menos importante, não esquecer do privilégio de poder passar alguns dias refletindo sobre o mundo, a vida e as relações e encontrando gente bacana no meio de tudo isso. Bora keep Austin Weird que para manter as coisas como estão, a gente fica por aqui.