15 de março de 2025 - 8h15
Para contextualizar, Rishad foi Global Strategist & Chief Growth Officer do Grupo Publicis por anos. Foi nomeado pela BusinessWeek como um dos principais líderes empresariais por sua inovação pioneira, e a revista TIME o classificou como um dos cinco “Marketing Innovators”.
Com vasta experiência em gestão e liderança, ele apresentou insights de seu livro sobre o futuro do trabalho e os novos modelos de relação profissional. A seguir, compartilho alguns dos pontos que mais me impactaram e me fizeram refletir sobre o que está por vir:
1. Mudanças estruturais nas organizações
Rishad iniciou a apresentação mencionando as grandes demissões em massa que algumas empresas nos EUA têm realizado. Ele destacou que muitas empresas já perceberam que podem operar com equipes menores sem comprometer a eficiência. Segundo ele, essa tendência pode levar a uma redução de aproximadamente 20% na força de trabalho, resultando em estruturas organizacionais mais enxutas.
2. Trabalho fracionado e novos modelos de emprego
O conceito de “funcionário fracionado” foi apresentado como uma tendência para o novo mercado de trabalho. Nele, profissionais podem atuar por períodos parciais do dia, colaborando em diferentes projetos ou funções dentro da mesma empresa. Esse modelo oferece maior flexibilidade e fomenta o crescimento dos chamados side gigs (trabalhos paralelos). No futuro, o trabalho não será definido por um cargo, mas sim por um conjunto de tarefas organizadas como em uma playlist.
3. Flexibilidade e colaboração híbrida
Os modelos híbridos, que combinam trabalho presencial e remoto, estão se tornando a norma. Empresas do setor criativo, em especial, precisarão adaptar suas práticas para garantir flexibilidade sem comprometer a colaboração. O uso de plataformas digitais será essencial para troca de ideias e desenvolvimento de projetos entre equipes geograficamente dispersas.
4. Integração da diversidade e inclusão
A diversidade é um motor de criatividade. Fomentar um ambiente que valorize diferentes perspectivas e experiências não só enriquecerá os produtos e serviços, mas também contribuirá para uma cultura organizacional mais positiva e inovadora.
5. Foco em habilidades e treinamento
Com o avanço acelerado da tecnologia – incluindo Inteligência Artificial (IA), Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA) – novas possibilidades criativas estão surgindo. Para acompanhar essa evolução, as empresas devem investir no treinamento de suas equipes, garantindo que os colaboradores estejam preparados para integrar essas ferramentas aos processos de criação. Aqueles que não se atualizarem correm o risco de perder competitividade.
6. A Influência da IA na cultura do trabalho
A Inteligência Artificial tem o potencial de redefinir o propósito do trabalho, deslocando o foco de tarefas repetitivas para atividades estratégicas voltadas à inovação e à solução de problemas. As empresas que adotarem essa mentalidade poderão usar a IA como aliada na ampliação da criatividade e da eficiência.
7. Liderança emergente
Mais do que gerenciar tarefas, os líderes do futuro precisarão inspirar, orientar e criar um ambiente colaborativo. A liderança eficaz será pautada na influência e na capacidade de motivar as equipes a inovar e crescer continuamente.
8. O Surgimento de novos modelos de trabalho
A pandemia acelerou a transformação da relação das pessoas com o trabalho. Muitos começaram a questionar o verdadeiro propósito do que fazem, impulsionando uma mudança de mentalidade: o trabalho deixa de ser um fim em si mesmo e passa a ser um meio para uma vida mais equilibrada e significativa.
Esses pontos refletem mudanças significativas que as empresas e trabalhadores precisarão adotar para se adaptarem ao futuro, são mudanças imperativas para que as empresas possam prosperar em um ambiente de trabalho em rápida mudança e cada vez mais dinâmico.