Search é social: sua marca precisa estar onde as pessoas conversam
Em um mundo onde a descoberta é impulsionada por comunidades, marcas que ainda tentam ditar a própria narrativa estão perdendo relevância
Em um mundo onde a descoberta é impulsionada por comunidades, marcas que ainda tentam ditar a própria narrativa estão perdendo relevância
10 de março de 2025 - 15h44
Se antes o Google era a resposta para tudo, hoje a descoberta e as recomendações acontecem onde as pessoas realmente estão: dentro das comunidades digitais que elas confiam. O que a internet fala sobre uma marca importa mais do que qualquer narrativa construída por ela mesma. E se as marcas que ainda não entenderam isso, estão ficando para trás.
A forma como as pessoas encontram informações mudou muito ao longo dos anos. Essa foi a conversa do painel “Community-Driven Search: Building Strategies for Next-Gen Discoverability” do SXSW 2025. O debate trouxe à tona a necessidade de adaptação das marcas a um cenário onde plataformas como TikTok, Instagram e YouTube se tornaram centrais na jornada de descoberta. Essa virada de chave não é só uma mudança de plataforma, mas de comportamento. Em vez de procurar respostas em páginas estáticas, os consumidores querem ouvir de pessoas, engajar com elas e se conectar com quem compartilha suas dores, desejos e interesses. A confiança está nos creators e nas comunidades que eles constroem – e não mais nas mensagens institucionais.
Isso significa que as marcas não controlam mais sua própria narrativa. O público molda percepções e cria significados que podem ou não estar alinhados com o que as empresas gostariam de transmitir. Para permanecer relevante nesse cenário, não basta ser encontrada – é preciso ser falada e lembrada positivamente. Marcas que entendem a dinâmica social entram nas conversas, influenciam narrativas e constroem presença de forma orgânica, dentro dos espaços que realmente importam.
O papel dos creators nesse ecossistema vai além da influência. Eles são arquitetos de comunidades, traduzem tendências e ajudam as pessoas a se adaptarem a um mundo cada vez mais fragmentado. Trabalhar com esses criadores não deve ser visto como uma simples transação comercial, mas como um processo de cocriação, onde o conteúdo gerado atende ao que a comunidade precisa e espera. Isso porque comunidades digitais não são sobre marcas – são sobre pessoas.
E quando falamos sobre descoberta, os sinais sociais importam mais do que nunca. O novo search, impulsionado por IA, já prioriza percepções e sentimentos gerados dentro das redes sociais para indexar marcas e destacar resultados. Ou seja, o que acontece dentro das redes sociais não só influencia a demanda, mas define a visibilidade da marca no digital como um todo.
A descoberta de marcas mudou e não há caminho de volta. As empresas que insistirem em falar sozinhas tendem a perder a relevância com a velocidade que o mundo digital está se inovando. As que ouvirem, participarem e cocriarem com suas comunidades não só serão descobertas – mas lembradas, compartilhadas e recomendadas. Afinal, a conversa já está acontecendo. A única questão é: sua marca faz parte dela?
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