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De 7 a 15 de março de 2025 I Austin - EUA
SXSW

Sem felicidade, não há inovação: Um recado do SXSW

O SXSW de 2025 tem nos ajudado a refletir sobre questões que, ao mesmo tempo em que estão ligadas à inovação, demandam um novo olhar sobre as relações humanas


9 de março de 2025 - 14h10

Quando a abertura de um festival de inovação traz na sessão de abertura uma pauta sobre a importância dos pilares de bem-estar emocional, físico e mental. Quando uma das mais esperadas palestras cita que “o maior impacto da IA é a solidão” e a aclamada futurista Amy Webb repassa e atualiza o termo FOMO para o novo FOMA (fear of missing anything). E, logo na sequência, em um dos espaços principais do evento, você ouve três especialistas falando sobre felicidade, não é de se estranhar que a primeira reflexão que temos seja a de como conectar isso tudo ao que vivemos hoje e porque isso importa como tendência, como futuro e como premissa para a inovação.

Não é de hoje que sabemos que a felicidade, o wellbeing importam. Devemos cuidar de nós e nossas necessidades não só como sociedade, mas também com um olhar mais intrínseco as nossas relações de trabalho, que consomem parte importante do nosso dia a dia e de quem somos.

Eu sempre acreditei que a felicidade no ambiente de trabalho é um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento de uma cultura organizacional com valores sólidos, que consegue dialogar com os valores pessoais de seus funcionários e fazer sentido para eles.

Acompanhando a apresentação da Karen Guggenheim, CEO do Global Happiness Summit e papo com outros especialistas no tema, me fez refletir sobre o impacto da felicidade no meu trabalho e no dos times e empresas em que já trabalhei e como essa jornada nem de longe foi simples e fluída – apesar de todas as minhas crenças e mútuo desejo de, antes de tudo, ser feliz também fazendo o que faço.

Todo mundo quer ser feliz, mas como chegamos lá? Não existem atalhos ou fórmulas mágicas para uma felicidade duradoura. Apesar de termos sido guiados na sessão pela Alla Klymenko, CEO da Upgrade, em rápidos – e eu diria até engraçados – exercícios que testaram nossa habilidade de se auto gerar felicidade em pequenas coisas, sabemos que a verdadeira felicidade vem de algo mais profundo: o propósito. Mas o que não saiu da minha mente foi a máxima de que temos que buscar o propósito NA vida, e não um propósito PARA a vida.

E a Karen Guggenheim falou bastante sobre como a felicidade está profundamente ligada ao propósito e ao bem-estar, e que isso se reflete diretamente no desempenho das empresas. Quando os colaboradores se sentem bem no que fazem e encontram significado no seu trabalho, eles se tornam mais engajados, produtivos e inovadores. BINGO!

Mudar nossas percepções sobre felicidade de forma sustentável é um trabalho de dedicação como escovar os dentes todos os dias, de transitar a nossa mente para as escolhas que nos fazem mais felizes. “Seus pensamentos são a trilha sonora da sua vida, isso poderia estar estampado na traseira do meu caminhão, se eu tivesse um”, foi o que bem disse uma querida amiga numa das trocas especiais sobre os conteúdos do dia.

O SXSW de 2025 tem nos ajudado a refletir sobre questões que, ao mesmo tempo em que estão ligadas à inovação, demandam um novo olhar sobre as relações humanas e como isso não pode ser perdido em meio a tantos outros assuntos borbulhando nos ambientes empresariais. Meu convite é para que inovemos, sendo felizes e buscando os nossos propósitos.

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