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De 7 a 15 de março de 2025 I Austin - EUA
SXSW

SXSW e a minha fotografia do momento

Todos querem descobrir no festival as tendências de futuro, mas é importante entender o que já está impactando os negócios da comunicação


9 de março de 2023 - 15h20

Crédito: GSPhotography/ Shutterstock

Chegou o momento de embarcar para Austin! É na capital do Texas, nos EUA, que irei passar os próximos 10 dias para ter uma preview do futuro. Afinal, a cada ano, o SXSW (South by Southwest) revela tendências, apresenta novas tecnologias e confronta previsões anteriores.

É tanta gente descolada, sintonizada, criativa e tomadora de decisão, que todos os assuntos parecem, realmente, muito sólidos, mas o tempo revela que nem tudo é inabalável. No ano passado, por exemplo, os investimentos em ações no Metaverso foram protagonistas de muitas pautas e discussões. O entusiasmo era visível. Porém, ao longo de 2022, observamos a equalização sobre as fronteiras deste tema e a realidade mostrou que, quando se fala de tendências, é sempre preciso ter cautela.

As pessoas investem tempo, dinheiro e expectativas nos dias em que estarão no SXSW. E quando me perguntam quais são as minhas, minha resposta é pragmática: vou para lá para tirar uma fotografia da indústria criativa HOJE, que, na minha visão, é muito mais relevante do que todas as previsões somadas.

E quais são os elementos que imagino encontrar para compor o quadro desta fotografia? Bem, minhas apostas são relacionadas ao uso e à curva de adoção das novas tecnologias. Por exemplo, estou querendo muito assistir a uma apresentação da Elizabeth Branson-Boudreau, CEO e publisher da MIT Technology Review, que vai listar as tecnologias mais inovadoras deste ano na avaliação deles. Essa palestra é um clássico do SXSW e mostra as fronteiras e possíveis impactos das tecnologias que já existem e que estão mexendo com o mercado neste momento. Coisas como inteligência artificial que geram imagens e outras inovações que já estão ou têm potencial para impactar as empresas da economia criativa.

Outro tema que é nativo entre os meus interesses é a construção de marca por meio de storytelling, especialmente quando isso se dá no ambiente digital, do marketing de influência. Por mais que a gente saiba como fazer isso no Brasil, é sempre interessante entender como essa forma de comunicar marcas está se desenvolvendo em outros mercados. Dentro deste tema, um dos painéis que me chamou a atenção é sobre como as pessoas, depois da Great Resignation, estão investindo em sua marca pessoal nas redes sociais – simplesmente porque é assim que nascem os influenciadores.

Os questionamentos sobre como “decodificar a cultura para criar um futuro melhor” serão o tema de um painel que vai reunir a Anheuser-Busch InBev e o YouTube em uma discussão que vai girar em torno de como as empresas podem (ou devem) se adiantar e buscar entender quais são as motivações de Millennials e GenZ, que são as gerações que estão conduzindo as tendências culturais e de consumo atualmente. Outro assunto que me mobiliza e que está no line-up do festival é sobre como criar marcas capazes de viralizar. Nesse caso, o interessante é perceber quais são as alavancas da viralização em diferentes partes do mundo.

O SXSW traz muitos outros debates e, claro, a oportunidade de conviver com gente de todo mundo super sintonizada com o mercado, com o que ele é hoje e com as tendências de comportamento que já estão se consolidando. Talvez, seja na fila de entrada dos eventos, no balcão dos bares ou nos restaurantes que as discussões mais ricas e interessantes aconteçam. Pode ser que elas borbulhem no tradicional Pete’s Dueling Piano Bar, um hotspot garantido, ou em uma das visitas nas melhores lojas de botas e moda western do Texas, a Allens Boots. Por isso, a minha expectativa vai muito além do line-up oficial – embora ele, sozinho, já seja bem animador.

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