SXSW, o que esperar do futuro?
Quais os mitos e verdades sobre o futuro?
Quais os mitos e verdades sobre o futuro?
24 de março de 2023 - 18h50
Há poucos dias do fim do evento South by Southwest, mais conhecido como SXSW, que aconteceu em Austin, no Texas, e é um dos maiores eventos da atualidade, ainda me pego refletindo sobre quais são as reais narrativas para recriar o futuro.
O evento, que é um termômetro para as tendências nas áreas de inovação, comunicação, tecnologia, cinema e música, foi um convite à imersão e à reflexão com profundidade sobre esses temas e sobre quais são os limites da tecnologia. Vivemos na era da humanização e da inovação, isso é uma controvérsia ou uma complementaridade?
Entre palestras diversas, a do Greg Brockman, idealizador do ChatGPT, teve para mim sua grande relevância e me fez associar com uma mensagem bem presente no evento: “as máquinas só têm uma boa performance de acordo com o humano que está por trás delas.” Se acreditarmos nisso podemos entender a tecnologia com um grande facilitador, um meio para o alcance ao público. Um creator, por exemplo, poderia utilizar a inteligência artificial para ter mais acesso à sua comunidade, mas não sem antes gerar identificação, ou seja – a humanização não perde seu protagonismo.
Em tempos de pandemia, me recordo que entre tantas indagações, havia uma grande dúvida sobre o futuro da loja física; aqui na Riachuelo esse tema foi pauta por muitas vezes. Mas o que esse momento de retomada nos mostra é que o consumidor e, acredito que todos nós, estejamos buscando um equilíbrio, e essa talvez seja a palavra da vez. A facilidade do digital, que nos permite usufruir da rapidez dos meios tecnológicos, e a experiência da loja física, o contato e a conexão com o palpável se mantém, mas dividindo seu espaço.
Do ponto de vista de marca, os novos recursos – que ainda nem sabemos ao certo quais são e suas reais funções podem ser um grande facilitador na automatização de alguns processos, na comunicação, na criação, na personalização do discurso e oferta, mas tendo sempre como base o fator humano. O cliente como centro e a atenção para suas preferências e anseios são o ponto de partida para entregarmos uma experiência omnicanal com produtos e serviços adequados.
De forma veloz, os novos tempos nos apresentam cada vez mais novidades, com uma agilidade que chega a ser impossível acompanhar o todo em seus detalhes. Será que todo mundo está entendendo tudo e domina os avanços tecnológicos com facilidade? Essa foi a sensação que tive no pós-evento, e pelas trocas nos bastidores vejo que a dúvida sobre qual será a próxima tendência e para onde estamos caminhando é um pensamento coletivo.
No fim – “It’s all on the table”, como disseram vários palestrantes, está de fato tudo na mesa e as probabilidades são infinitas.
Quais os mitos e verdades sobre o futuro? Até onde a tecnologia vai chegar? Se você assim como eu esperou sair da SXSW com respostas, te digo que é só vivendo para saber e enquanto isso buscamos o equilíbrio necessário, fazendo um malabarismo entre tecnologia e humanização de forma que eles se potencializem, mas não se choquem ou se distanciem.
Compartilhe
Veja também
SXSW 2025 anuncia mais de 450 sessões
Pertencimento e conexão humana estão entre os principais temas da programação do evento, que conta com 23 trilhas de conteúdo
SXSW 2025 terá Douglas Rushkoff, Amy Webb, John Maeda, entre outros
39ª edição do South by Southwest apresenta uma mescla entre veteranos e estreantes em sua grade de programação, composta por 23 trilhas