9 de março de 2023 - 11h45
(Crédito: Shutterstock)
É um privilégio. Inegável.
Durante os próximos sete ou oito dias, muita gente vai mandar muita coisa de lá. E sempre fica a dúvida quando a gente é convidado a ser correspondente: o que faz sentido registrar? Como trazer alguma coisa que complemente a inundação de artigos, posts, reflexões, impressões de várias das pessoas que estarão produzindo conteúdo? A resposta é: não faço a menor ideia.
A única coisa que me guiou, pelo menos num primeiríssimo momento ao fazer minha pré-curadoria do que eu quero ver, foi a palavra-chave que sempre uso quando vou pra lá: storytelling.
O resto, a gente “deixa acontecer naturalmente…”.
Neste ano, não vou esconder, devo olhar para GAMES. Por razões de movimentações que estamos fazendo no A-LAB e no Grupo Dreamers. Mas sou um noob nesse território. Vou pra ouvir e aprender.
No mais, me interessa particularmente a linguagem, o formato. E aí tô deixando a coisa bem solta na minha cabeça. Portanto, pode ser que venha um pouco de tudo: texto, haikais, desenhos de observação (estou indo bem-preparado pra isso), áudio (por que não?) ou tudo misturado. Ou ainda aquelas narrativas em vídeos curtos, mostrando as anotações dos meus cadernos.
Eu já usei essa metáfora antes, mas fico com uma vontade danada de “flanar” em Austin (roubando mais uma vez o termo do grande Walter Benjamin).
Seguir pelo instinto, buscar o inusitado. Neste ano, A.I. (Artificial Intelligence) acabou ganhando uma projeção danada no evento, desbancando até, veja só, o metaverso.
Mas eu tô mais na busca de ignorância natural do que de inteligência artificial. É isso.
E estou escrevendo até pra assumir um compromisso público. Pra me obrigar a buscar esse conteúdo pra nós. Pra que a gente possa compartilhar um pouco o privilégio e a diversão de estar nesse lugar, nesse momento.
Venha comigo!