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De 7 a 15 de março de 2025 I Austin - EUA
SXSW

You’ve been served

Você já deveria considerar usar podcast como plataforma há algum tempo


10 de março de 2025 - 17h46

Hoje dediquei meu dia a podcasts, não só a me aprofundar no tema, como assistir algumas gravações ao vivo.

Podcast é o meio do momento, todos os países estão experimentando um crescimento da receita publicitária nessa plataforma. Ainda que o volume percentual venha diminuindo, o volume quantitativo mostra a relevância do meio.

De acordo com a WARC media, a previsão de investimento global publicitário nesse meio passará os 5 bilhões de dólares em 2025, em 2026 espera-se 5,5 bilhões.

Além disso, a quantidade de títulos segue em ritmo ainda mais acelerado. De acordo com a PodcastIndex.org, hoje há mais de 4.460.000 podcasts indexados na plataforma e, só nos últimos três dias, mais de 73.000 episódios foram lançados.

Excelente em termos de variedade para as pessoas, mas nem tanto para os ganhos dos criadores, Scott Galloway dividiu em sua palestra sobre previsões para 2025, aqui no SXSW, que apenas 1% consegue gerar renda significativa dos seus conteúdos, os outros 99%, não. 

Mas, como disse, para as pessoas quanto mais conteúdo e mais variedade, melhor. Em 2024 estima-se que mais de 460 milhões de pessoas ao redor do mundo consumiram podcasts por pelo menos 1h por semana todas as semanas.

E a experiência com o podcast é realmente diferente, se você baixa o episódio, se assina um canal, significa que está realmente interessado em um conteúdo que tem duração média de 40 minutos, ou seja, nos tempos atuais em que tudo acontece em 5 segundos, ter a atenção de alguém por 40 minutos é ouro, o engajamento não se compara.

Hoje tive a oportunidade de ver ao vivo três podcasts aqui no SXSW: Esther Perel e seu “Where should we begin?”, o genial Scott Galloway e Ed Elson estrelando o “Pro G Market” e, por fim, tive a honra de ver ao vivo um podcast sobre tênis, uma de minhas paixões, com o sempre sagaz Andy Roddick, chamado “Served”.

E o podcast “Served” significa para mim um set a mais quando o jogo já acabou, uma maneira de ludibriar o match point do jogo e continuar consumindo tênis de qualidade. E o podcast oferece isso e muito mais, esse formato engaja, ele traz uma proximidade, uma profundidade que nenhum outro meio consegue.

Roddick, por exemplo, foi um dos melhores jogadores de tênis americanos, virou comentarista de uma das principais redes de TV por lá, participa de vários programas e rodas de entrevista, mas sua opinião ficou pequena para os limites da TV. O podcast traz essa possibilidade de conhecê-lo melhor, ouvir mais suas opiniões e de maneira muito mais profunda e próxima.

Isso não acontece só aqui nos Estados Unidos, no Brasil também temos muitos casos de personalidades que já entraram de cabeça nessa plataforma, e para não sair da temático do tênis cito os excelentes Fernando Melligeni e Fernando Nardini com o podcast “New Balls Please”, da mesma maneira que Roddick, a TV ficou pequena para ambos.

E me pergunto: será que o plano de mídia e conteúdo da sua marca também está pequeno? 

Você já deveria considerar usar podcast como plataforma há algum tempo.

You’ve been served ou em bom português, você acaba de ser intimado.

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