YouTube passa a contar com anúncios no Shorts
Plataforma do Google expande formatos para peças publicitárias e adiciona novos controles sobre exibição de anúncios para anunciantes e usuários
YouTube passa a contar com anúncios no Shorts
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BuscarPlataforma do Google expande formatos para peças publicitárias e adiciona novos controles sobre exibição de anúncios para anunciantes e usuários
Thaís Monteiro
24 de maio de 2022 - 15h56
Nesta terça-feira, 24, durante o evento Google Marketing Live, o Google anunciou uma série de novidades para seus produtos. Uma das principais é a chegada de anúncios ao Shorts, formato de vídeo curto e vertical da plataforma, semelhante ao TikTok e Reels, do Instagram.
O YouTube testa anúncios no Shorts desde 2021. A partir de agora, a plataforma passa a introduzi-los gradualmente. São dois os formatos principais: Video Action Campaigns, que se refere a anúncios in-stream e no feed, e App Campaigns, que visam fazer o usuário instalar, engajar e registrar em aplicativos.
Segundo Nicky Rettke, diretora de produtos de publicidade do YouTube, a intenção é aproveitar duas forças da plataforma: seu aspecto shoppable e a vasta biblioteca de conteúdo para ajudar a marcas a se conectar com os usuários de uma forma imersiva e que gere conversões.
A “tiktoketização” das redes sociais
Os formatos de anúncio serão exibidos no feed do Shorts em tela cheia entre um vídeo e outro. As campanhas poderão ter até 15 segundos — o usuário pode pular a peça ao rolar o feed, sem a necessidade de assistí-la por um período de tempo –, e o anunciante poderá vincular o seu catálogo de produtos nos vídeos de suas campanhas.
Além do investimento em Shorts, o YouTube ainda anunciou que irá adicionar formatos de anúncios no feed de buscas e de recomendações do usuário no YouTube, que são espaços que o consumidor também passa tempo e está atento por novidades.
Ainda essa semana, o YouTube lançou uma ferramenta na qual as marcas podem definir quantas vezes querem que o mesmo usuário veja seus anúncios durante uma semana. O objetivo é melhorar a experiência do usuário e tornar mais eficiente os investimentos dos anunciantes. Até o final do ano, a empresa lança o My Ad Center, no qual o usuário poderá escolher o tipo de anúncio que deseja ver mais ou menos e controlar o uso de seus dados para a publicidade.
“Nós focamos muito em expandir esses anúncios pro Shorts nesse momento, mas nosso objetivo é tornar mais fácil que os anúncios sejam expandidos para todas as formas de consumir conteúdo no YouTube, que é muito diverso. Vemos que há mais pessoas rolando o feed e queremos tornar o anúncio mais engajado, como incluindo o formato shoppable. Outro exemplo é na busca do YouTube. Muitas pessoas buscam porque querem resultados visuais e vamos trazer formatos visuais que engajam para essa página”, explica a executiva.
Ao Meio & Mensagem, Nicky Rettke compartilhou sua percepção sobre a evolução e popularização do formato e quais considera as melhores práticas para usar o Shorts na comunicação com o público alvo.
Meio & Mensagem – Há diversas formas de usar vídeos curtos e verticais para campanhas. Mas como vocês do YouTube acreditam que seja a forma ideal de usar a ferramenta? Existem estratégias específicas que fazem mais sentido para esse formato?
Nicky Rettke – A criatividade do vídeo vai ter um importante papel. A melhor prática é pensar no vídeo especificamente para o formato. Se pensar em Shorts, fazer na tela vertical. Os vídeos podem ter até 15 segundos. Se ele não tiver um vídeo vertical, está tudo certo. Ainda conseguimos subir vídeos na horizontal ou quadrados. Estamos trabalhando em vídeos que ajustem o vídeo para caber na tela cheia.
M&M – Para qual objetivo de campanha ele é mais indicado?
Nicky – As primeiras soluções que temos no Shorts são focadas em conversões, especificamente para levar os usuários a instalarem apps ou em sites, compras onlines ou leads. Nós recomendamos ter um call-to-action claro, exibir a marca ou o produto de forma proeminente para que os consumidores entendam sobre o que se trata. Vídeo tem uma capacidade de storytelling muito boa, então pensar em novas formas em que você possa agregar valor do produto ou serviço no vídeo e fazer de forma que capture a atenção do usuário.
M&M – O YouTube lançou o Shorts há quase dois anos atrás. Qual é o balanço que vocês fazem desse período com o formato? Quais são os desafios que ainda querem superar ou metas para atingir?
Nicky – O YouTube sempre teve um catálogo vasto de conteúdo curto. O primeiro vídeo publicado no YouTube teve oito segundos. Com a introdução do Shorts, nós estamos muito focados em providenciar ferramentas criativas para tornar mais fácil as pessoas criarem e publicarem. Isso vai ser um foco nosso.
M&M – O formato de vídeos curtos e verticais tomou conta da maioria das redes sociais atualmente. Ao que você atribui esse investimento das plataformas nesse formato? Qual é o apelo de público e comercial dele?
Nicky – Usuários gostam de vídeos de qualquer duração. Eles gostam de conteúdo de maior tempo. No conteúdo curto, há um grande número de pessoas criando conteúdo e estamos investindo em ferramentas para auxiliá-los nisso.
M&M – Investir nos formatos faz parte do modelo de negócio das empresas de tecnologias, pois a intenção é que o usuário passe mais tempo nas plataformas, mas pesquisas indicam que esse formato contribui bastante para a diminuição do limiar de atenção dos indivíduos, sobretudo a população mais jovem que ainda não tem as funções cognitivas completas. É algo que vocês acompanham? Como o YouTube trabalha com isso?
Nicky – O YouTube tem investimentos no bem estar do usuário, para garantir o melhor para o usuário e entender como eles estão usando seu tempo na plataforma. Não é uma área que eu trabalho, então não posso falar das ferramentas, mas é algo certamente relevante e temos um time pensando nisso.
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