De olho no sportstyle: os planos da Olympikus além da corrida

Caio Fulgêncio
25 de março de 2025 - 6h10

A Olympikus, brasileira que integra o portfólio da Vulcabras, iniciou oficialmente a comemoração do seu aniversário de 50 anos, no último final de semana. Na sexta-feira, 21, e sábado, 22, ocorreu, na Serra do Cipó (MG), a primeira das duas edições do ano do Bota Pra Correr (BPC), festival de corrida proprietário que leva atletas profissionais e amadores e influenciadores a diferentes partes do Brasil em provas de asfalto e trilha.

Marca começou a comemoração do aniversário de 50 anos (Crédito: Divulgação)

A etapa mineira abriu o calendário que prevê 50 corridas ao longo de 2025 (entre as próprias e patrocínios). Juntamente com isso, neste ano, a linha Corre, carro-chefe que consolidou a Olympikus no segmento, tem previsão de ganhar dois novos membros na família: uma nova versão do Supra, supertênis de alta performance, e um novo produto, cujos detalhes ainda não foram divulgados. Com isso, linha terminará o ano com sete itens. Além disso, novas cores também devem chegar ao mercado.

A quantidade de lançamentos e a diversidades de cores, mais do que manter a marca firme e efervescente entre os corredores, apontam para as estratégias ao redor do lifestyle esportivo. Em dezembro de 2024, a Olympikus se uniu à rede Authentic Feet, com o lançamento de um tênis específico para a comercialização na varejista (Corre 4S) e variações estéticas exclusivas de outros dois modelos (Corre 4 e Corre Max).

Para este ano, a parceria será com Welcome Sunny Garments (Welcome Rio), marca carioca de moda unissex que mistura no catálogo streetwear, casual e alfaiataria. Juntas as marcas devem vender uma nova cor do Corre 4, ainda sem data de lançamento. “O tênis transcendeu a corrida. Envolve o conforto, a vida pós-pandeia e o lifestyle da saúde. E o Corre tem no briefing que ele precisa transitar entre a performance e o lifestyle, servindo para correr de 5 a 42 quilômetros. Esses eixos nos obrigam a pensar em cores que sejam também casuais e em perfis de collabs”, diz Márcio Callage, chief marketing officer (CMO) da Vulcabras.

Comunicação da Olympikus

No pilar de comunicação, sem trabalhar com agência de publicidade, a produção de conteúdo institucional é feita in-house, mas contando com a cocriação da comunidade corredora. Ou seja, com o crescimento dos grupos de corrida (os “crews”, como são chamados) e a popularização da modalidade, a marca decidiu pegar carona no movimento e colocar uma lupa sobre histórias de pessoas, tendo o BPC como o principal evento de branding e produção de conteúdo.

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Porém, neste ano, com as 50 corridas, Callage afirma que o desafio é encontrar o tom certo para unificar o País em uma única narrativa de marca, que não é a mesma do time de creators parceiros.

“Temos esse desafio delicioso ao longo do ano, que é nos tornar um publisher, que pensa conteúdo e não faz propaganda. Nossa história nunca foi sobre os elogios às tecnologias. O trabalho é outro: é de construção de uma marca que vai tentar encontrar essa identidade do corredor brasileiro, que pode ser muito sexy quando pensamos globalmente”.

Essa meta, conforme o CMO, está diretamente ligada aos planos de posicionar em outros mercados como marca brasileira de corrida. “Esse é um ensaio que temos feito internamente, de começarmos a ser reconhecidos lá fora, ainda sem nenhuma ambição de grandes negócios”, complementa o CMO.