Impacto do YouTube no Brasil chega a R$ 6 bilhões em 2021
Segunda edição do relatório, desenvolvido em parceria com a Oxford Economics, aponta um crescimento de 50% no impacto da plataforma na economia
Impacto do YouTube no Brasil chega a R$ 6 bilhões em 2021
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BuscarSegunda edição do relatório, desenvolvido em parceria com a Oxford Economics, aponta um crescimento de 50% no impacto da plataforma na economia
Taís Farias
31 de agosto de 2022 - 6h00
Nesta quarta-feira, 30, o YouTube lança o seu Relatório de Impacto Econômico, desenvolvido em parceria com a Oxford Economics. Essa é a segunda vez que a plataforma divulga esse documento, que aponta em número o impacto do Youtube para a economia brasileira. Nesse sentido, os dados revelam um crescimento significativo de 2020 para 2021.
Segundo o relatório, em 2021, o ecossistema criativo do YouTube contribuiu com mais R$ 6 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O PIB é um indicador que ajuda a quantificar a atividade econômica de um País. Ou seja, a soma dos valores gerados por todos os bens e serviços gerados.
No ano anterior, a contribuição do ecossistema da plataforma havia representado R$ 3 bilhões, um crescimento de 50%. Na paralela, o número de empregos gerados direta ou indiretamente pelos canais da plataforma também saltou de 122 mil para 160 mil.
Alessandra Gambuzzi, diretora de projetos de conteúdo do YouTube, explica que a pandemia é um dos fatores que ajudam a explicar o desempenho. De um lado, os investimentos em marketing de influência cresceram dentro das verbas de mídia, o que impulsiona os criadores. Ela conta que muitos desses produtores de conteúdo entraram em verticais que antes não faziam parte de seu leque.
Por outro lado, houve um aumento de pequenas e médias empresas entrando na plataforma como uma forma de divulgar os negócios e gerar receita. “O YouTube entregou oportunidades de negócios para mais pessoas”, explica a executiva sobre o período. Essa relação aparece refletida nos dados.
De acordo com o Relatório, 83% das pequenas e médias empresas analisadas concordam que a plataforma desempenhou um papel importante em ajudá-las a aumentar sua base de clientes, ao alcançar novos públicos. Do lado dos criadores, 80% afirmam que a receita que recebem dos anúncios inseridos no YouTube é uma fonte de renda importante.
O estudo ainda destaca outros pontos como o fomento a indústria criativa e a internacionalização de talentos. 75% das companhias de mídia e música que têm um canal no YouTube concordam que a rede aumentou a oferta de talentos criativos. 72% dos criadores, por sua vez, disseram que a plataforma ajuda a exportar seu conteúdo para públicos internacionais.
Para manter o ritmo de crescimento desse ecossistema, a companhia enfrenta alguns desafios. O primeiro deles é manter a plataforma um lugar seguro para criadores e marcas. “É uma plataforma aberta e democrática. Isso não vai mudar. Mas existe um controle um pouco mais rígido para que se tenha conteúdo de qualidade”, explica Gambuzzi, sobre o trabalho de moderação de conteúdo e brand safety.
Entender e acompanhar as mudanças no comportamento de consumo do consumidor é outro obstáculo que o Youtube vem encarando de frente. “A plataforma é feita primariamente para o usuário”, assegura a diretora de projetos de conteúdo. Para isso, a companhia tem alguns focos de atenção, como aprimorar e ampliar as formas de monetização e o hábito de consumo do Youtube na TV, por TVs conectadas.
“Nós sabemos que o entretenimento e o shopping, hoje, têm uma relação muito forte”, conta a executiva. Os vídeos curtos, que são o core de outras redes como TikTok e Kawai e já dominaram o Instagram, são encarados com seriedade.
A executiva enxerga um caminho de aprendizado em que criadores, que estavam acostumados a produzir vídeos longos, estão testando as possibilidades dos vídeos curtos e a plataforma também. No entanto, ela destaca que ambos os estilos contam com recursos importantes. “É preciso entender como entreter nos dois formatos”, destaca.
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