Kantar: 41% do público presta mais atenção em anúncios em vídeo
Estudo Inside Video 2024 da Kantar Ibope Media mostra relevância comercial do vídeo e frequência dele no dia a dia dos brasileiros
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Thaís Monteiro
9 de abril de 2024 - 6h00
A edição de 2024 do Inside Video, estudo anual da Kantar Ibope Media para esse meio, indica que o vídeo está presente em 99,6% dos lares brasileiros. Cerca de 21% do público assiste TV linear e vídeos online no dia a dia, mas 19% consomem apenas vídeo online.
Além disso, o vídeo tem grande apelo comercial. De acordo com a Kantar, 41% do público diz prestar mais atenção em anúncios em vídeo do que nos demais formatos de mídia digital.
Outros 38% afirmam assistir aos vídeos de anúncios até o final. Adicionalmente, 54% acreditam que a publicidade em TV é interessante e proporciona assuntos para conversas.
Com a multiplicidade de canais e formatos, o vídeo adotou aspecto fluido, como narrativa líquida que se espalha pelos meios, seja via recortes de vídeos mais longos, memes ou formatos originais para as redes sociais, aponta a diretora de business development da Kantar Ibope Media, Adriana Favaro.
“O vídeo vem se renovando e permanecendo como protagonista nos lares brasileiros. Justamente por ser fluido
e multiplataforma, integra todos os canais e faz a convergência entre o mundo físico e o digital”, diz.
O consumo do formato ocorre em diferentes dispositivos. Cerca de 74% da população assiste a vídeos na TV linear. Já 25% veem vídeos online. Outros 10% usam exclusivamente o smartphone para isso.
Entretanto, há sobreposição no consumo. Da audiência desse formato, 17% usam a TV, TV conectada (CTV) e o smartphone para consumir vídeos em um dia típico. Cerca de 54% do público diz que assistem TV e comentam sobre o conteúdo nas redes sociais.
Ainda assim, o tempo dedicado a cada mídia é diverso. Em média, o público consome 5h14 de TV linear e 2h23 de vídeo online, diariamente.
A Kantar aponta tendências em relação ao formato. Adriana diz que, diante da multiplicidade de dispositivos, canais e formatos, o anunciante deverá estar a par de todo o contexto que move o comportamento do consumidor e sua interação com a comunicação da marca. Isso envolverá compreender os dados, mas também o contexto cultural e econômico vigente. Por isso, prevê que o marketing contextual deve ganhar força.
“O contexto do target está no centro do planejamento. Há a importância de entender diferentes relações. Há muita coisa por trás que permeia as agendas assertivas”, afirma.
Outra tendência mapeada são os formatos shoppable, ou seja, que direcionam o consumidor para a conversão. O formato se tornou tendência a partir das redes sociais, que deram início ao live commerce e ao social commerce.
“Para os anunciantes, os shoppable vídeos facilitam a compra. Eles são apontados como grande potencial de crescimento em mídia, mas as empresas investirão com cautela por conta da falta de padronização, acesso a métricas e melhorias. Tudo isso cai num ponto importante para os CMOs, que é a unificação de dados crossmedia. É muita coisa surgindo com vários modelos diferentes”, aponta.
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