Assinar
De 12 a 14 de janeiro de 2025 I Nova York - EUA
NRF

O que esperar da NRF 2025?

Inteligência artificial aplicada aos negócios, personalização e supply chain estão entre as expectativas para 2025


10 de janeiro de 2025 - 6h00

Tradicionalmente a NRF é o maior evento de varejo do mundo e com maior participação da liderança deste setor no Brasil. Temos orgulho de nós, como brasileiros, não somente atender ao evento, mas também sermos geradores de conteúdos relevantes nos últimos anos.

Quando analisamos o report Future Consumer Index da EY, vemos correlações importantes com o resultado e perspectivas do varejo, entrando em outra revolução tecnológica, que como sempre exige correções e evoluções nas estruturas atuais. Uma delas segue sendo a criação de marcas próprias, conhecido também pelo mercado pelo termo “private labels”. O estudo, que ouviu mais de 23 mil pessoas em 30 países, aponta que 62% dos brasileiros dizem que as marcas próprias satisfazem suas necessidades tão bem quanto os produtos de marca e 32% dizem que estão felizes em comprar produtos que imitam marcas populares ou de alto padrão.

Vemos também consumidores diferentes, mais abertos a opções e exigentes, forçando mudanças na forma que as empresas se relacionam com eles e, por fim na cultura, que é o tecido conector de tudo e catalisador das mudanças. Muito disso é causado pelas incertezas econômicas, pressões inflacionárias e mudanças climáticas sendo as principais causas para os consumidores mudarem seus padrões de consumo e de gasto. Sobre isso, o estudo mostra que 81% dos entrevistados brasileiros afirmam que estão mais focados na relação custo x benefício e 64% dizem que são mais propensos a consertar as coisas do que substituí-las.

Mas o que esperar para 2025?

1- Inteligência Artificial aplicada aos negócios será o grande tema

Não apenas pelo momento que vivemos, mas também pelos dois keynotes de abertura, John Furner, CEO do Walmart U.S., uma das empresas mais maduras na aplicação de inteligência artificial (IA) nos negócios em todas as áreas, desde eficiência operacional até atendimento, e Azita Martin, VP e General Manager de varejo e consumo da NVIDIA, na liderança em soluções e processamento em IA.

A inteligência artificial já é presente, pode não ser ainda uniforme, mas já é uma realidade, seja visível ou não para todos nós. A grande questão para as empresas é como começar para que, como outras revoluções tecnológicas que já passamos, não se criem limitações ao crescimento e flexibilidade no futuro.

2- Personalização e Supply Chain

A resiliência das cadeias de suprimento continuam sendo chave para o sucesso. Hoje com a realidade de diversas gerações como clientes, com diferentes comportamentos, cada vez mais se faz necessário atender as necessidades individuais, seja na oferta e, principalmente, na entrega do que se propõe. Essa realidade não apenas busca o resultado imediato de uma positivação de venda, mas principalmente protege a relação com o cliente, reduzindo as chances de ele experimentar a concorrência.

Mesmo com toda a complexidade atual, a necessidade ainda é simples e, para alguns subsegmentos, como alimentar e farmacêutico, é mais simples ainda. O conhecimento do consumidor e a maturidade na relação com o mesmo, bem como confiança na cadeia de suprimentos será ainda mais crítica, mas existem formas de construir essa ponte entre a empresa e o cliente. Uma delas reforçada pelo próprio estudo, 48% de brasileiros que se inscreveram no mailing de uma varejista, fazem isso em troca de um desconto/voucher, por exemplo.

3- Cultura

Tema sempre presente em varejo devido ao alto nível de capital humano envolvido na operação. Hoje os mesmos desafios encontrados para encantar o cliente, também são enfrentados para encantar o colaborador, em alguns casos, até maiores. Como se preparar para essa realidade? Que habilidades e características as empresas necessitam evoluir, criar e em muitos casos eliminar para se manterem atrativas e competitivas?

Uma coisa é certa, “Fazer o Básico Bem Feito”, é uma frase muito utilizada no Brasil no varejo e nunca foi tão importante e, ao mesmo tempo, tão desafiadora. O básico na visão do consumidor e colaborador vem se sofisticando bastante e na NRF temos a oportunidade de ouvirmos e discutirmos perspectivas que se tornam cada vez mais relevantes

Publicidade

Compartilhe