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Opinião

O Live Commerce e a revolução das vendas digitais

Ferramenta é o mais pessoal que o digital pode oferecer e deve se manter forte mesmo após a pandemia


20 de agosto de 2021 - 14h00

Que o brasileiro adora as redes sociais e as inovações tecnológicas, não é novidade para ninguém. Não é à toa que desde o Orkut as redes sociais bombam por aqui. E com as lives, não foi diferente. Com a transformação digital acelerada pela pandemia, as lives tomaram uma proporção gigante em nosso dia a dia: usamos no trabalho, para entretenimento, para aprendizado e, agora, também como ferramenta de compra e venda de produtos e serviços.

Comprar pela internet otimiza o tempo (nosso bem de maior valor) e, poder fazer isso com um atendimento personalizado e humano, era o que estava faltando (Créditos: Cottonbro/Pexels)

Vídeo é o meio mais poderoso para as pessoas sentirem emoção e conexão. A possibilidade de ver e ouvir outras pessoas em tela nos traz mais perto da experiência de estarmos fisicamente presentes. Quando isso acontece, em uma reunião pelo Zoom ou em uma conversa com a família no facetime, por exemplo – nos sentimos mais próximas e emocionalmente conectadas a elas.

Usar desta funcionalidade que já é uma realidade, oferecendo a oportunidade de entretenimento, interação e compra, na mesma tela e sem fricção, pode ser considerada a revolução das compras digitais.

Na China, o Live Commerce (chamado também de Live Shop e Shopstreaming) acontece desde 2016. Em 2019, bateram US$ 60 bilhões em GMV. A previsão era que em 2020 atingissem US$ 120 bilhões. Mas ninguém esperava o que aconteceu de fato: US$ 200 bilhões de GMV e 10% do varejo sendo movimentado via Live Commerce. Virou uma febre!

A previsão para 2021 é ainda maior. Espera-se que até o fim do ano, o Live Commerce represente 20% das transações de varejo no País. Essa tendência se espalhou no Ocidente e vários players de Live Commerce estão espalhados na Europa e Estados Unidos buscando abocanhar essa fatia do mercado.

E no Brasil, como estamos com essa inovação?

Até 2019, o e-commerce representava apenas 10% do mercado do varejo. O que era muito pouco para um país tão conectado, já que 86% da nossa população tem acesso à internet.

Aprofundando o comportamento de consumo do brasileiro, entendemos que a jornada do e-commerce era percebida como algo muito solitário e, por isso, o consumidor (que prefere um atendimento mais pessoal e customizado,) ainda optava pela loja física.

Mas a união da praticidade do digital – que está na palma da mão da maioria dos brasileiros – com a possibilidade de um atendimento humanizado para tirar as dúvidas, não poderia dar em outra: sucesso total.

O Live Commerce chegou por aqui ano passado através da Mimo Live Sales, pioneira em trazer essa inovação para o Brasil e América Latina. Construída do zero, a tecnologia focou em criar uma experiência conectada com o público. Sabemos que a China é referência em inovação e os insights que retiramos ao acompanhar esse mercado, são infinitos. Mas não podemos esquecer que a China não é o Brasil e que, embora tenhamos muitas diferenças culturais entre os dois povos, sobretudo no que diz respeito à digitalização da população, podemos afirmar: o Live Commerce chegou para ficar.

Na China tudo é vendido em Live Commerce. De foguete a hortaliças. E temos certeza de que no Brasil, chegaremos neste ponto também.

Pois não há nada que não possa ser vendido através deste formato. Acreditamos que o Live Commerce é o mais pessoal que o digital pode oferecer e apostamos todas as nossas fichas que o brasileiro cada vez mais vai se apaixonar pelo modelo. Mesmo depois da pandemia.
Comprar pela internet otimiza o tempo (nosso bem de maior valor) e, poder fazer isso com um atendimento personalizado e humano, era o que estava faltando para bombar as compras digitais no País.

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