Google Analytics 4: confira as principais mudanças e funcionalidades
Nova versão da ferramenta de análises de sites do Google promete a realização de análises multiplataforma e substituirá o Analytics Universal
Google Analytics 4: confira as principais mudanças e funcionalidades
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Meio & Mensagem
24 de janeiro de 2023 - 8h00
Com novas funcionalidades e processos, o Google Analytics 4 chega para substituir o Analytics Universal, desenvolvido para oferecer análises mais completas aos usuários.
Além do foco na jornada do cliente e na privacidade, a atualização promete a realização de análises multiplataforma e melhorias tanto na coleta de dados como nos relatórios.
O sistema já está disponível, mas, em alguns casos, é necessário fazer uma migração para usar os novos recursos oferecidos pelo Analytics 4.
Antes disso, é importante entender as diferenças entre as duas versões, conhecer as principais mudanças da ferramenta e também os passos necessários para acessar o novo sistema do Google.
O Google Analytics 4 é a nova versão da ferramenta gratuita de análise de dados e monitoramento de sites desenvolvida pelo Google. Ela chega para substituir o Analytics Universal, modelo presente no mercado desde 2006.
Conhecida também como GA4, a atualização chega com o objetivo de se adequar a algumas mudanças do ambiente digital, como o fim dos cookies de terceiros e a proteção de dados dos usuários, por exemplo.
Para isso, o novo modelo do sistema de análises apresenta uma interface diferente e alterações em algumas funções, como a captura de dados e a produção de relatórios.
O Google Analytics 4 foi desenvolvido para atender três sistemas: web, apps e a combinação entre essas duas frentes, permitindo assim uma análise multiplataforma.
Para isso, a ferramenta tem um processo de coleta de dados baseado em eventos. Esses eventos são as ações realizadas pelos usuários dentro dos sites ou dos aplicativos.
Ou seja, cada interação do usuário com a página, como um clique ou uma pesquisa, é um evento para a nova plataforma do Google, que usa esses dados como base para produzir seus relatórios.
Para coletar os dados, o novo Analytics utiliza tecnologia do machine learning. Por meio da inteligência artificial, ela permite que a ferramenta aprenda mais sobre o comportamento dos usuários conforme eles interagem com o site ou app.
A partir disso, é possível estudar o comportamento e a jornada dos usuários em diferentes plataformas, inclusive de forma unificada, com acesso a insights mais completos e dados mais específicos.
A principal diferença entre o Universal Analytics e o Google Analytics 4 é a análise multiplataforma, que permite a integração de dados coletados de sites e aplicativos.
Essa mudança é destaque desde o anúncio da versão Beta do Analytics 4, lançada pelo Google em 2019. Nessa época, a ferramenta foi apresentada com o nome de App+Web, reforçando essa análise integrada de sites e aplicativos mobile.
Além disso, a atualização inclui outras mudanças. Conheça as principais a seguir.
As alterações começam na interface do sistema, que agora apresenta uma divisão diferente.
Com o Universal Analytics a estrutura era separada em Conta, Propriedade e Vista. Agora, o Google Analytics 4 substitui a coluna “Vista” por “Fluxo de Dados”.
Na aba Fluxo de Dados é possível acompanhar as métricas do site, do aplicativo ou escolher a opção “Todos” para visualizar informações multiplataforma de maneira integrada.
Entretanto, as métricas para aplicativos não são ativadas automaticamente. Para ter acesso a elas, é necessário criar uma conta no Firebase, uma funcionalidade de mensuração do Google voltada para apps.
Como as chamadas Vistas foram substituídas, o usuário deve acessar o Google Data Studios para criar “visões”.
Como a nova versão da ferramenta do Google faz análises com base em eventos, o sistema traz algumas opções desses eventos já pré-configuradas. Contudo, é preciso ativá-las para ter acesso aos dados.
Diferente do sistema anterior, que apresentava a maior parte dos relatórios assim que o usuário instalava a tag de pageviews, o novo Analytics não configura todos os eventos de maneira automática.
A ferramenta traz 12 eventos pré-configurados para sites e 85 para aplicativos, como, por exemplo:
– rolagens;
– pesquisa no site;
– cliques de saída;
– downloads de arquivos;
– visualizações de página.
Dentre as opções, existem eventos coletados automaticamente assim que o usuário ajusta a tag do Google. Eventos personalizados e recomendados, por outro lado, devem ser configurados manualmente.
O Google Analytics 4 também apresenta mudanças no tagueamento de URLs, trazendo novos parâmetros para ampliar as análises.
Antes, a ferramenta do Google contava com cinco dados que poderiam ser incluídos na URL personalizada para emitir análises específicas no relatório de Aquisição:
– Term: palavra-chave (exclusiva para Google Ads);
– Content: conteúdo da campanha;
– Campaign: campanha da visita;
– Source: origem da visita;
– Medium: mídia da visita;
Agora, o Analytics 4 adiciona três novos parâmetros a essa lista:
– Source Platform: plataforma de origem da visita (parâmetro exclusivo para aplicativos);
– Creative Format: tipo de criativo que originou a visita, como um vídeo ou uma pesquisa, por exemplo;
– Marketing Tactic: critérios de segmentação aplicados a uma campanha, responsáveis pela origem da visita, como prospecção ou remarketing.
O Universal Analytics já oferece proteção de dados aos usuários, mas a versão Analytics 4 traz uma otimização na segurança ao oferecer mais funções de controle de privacidade.
Com o uso do machine learning para modelagem de dados, o Google Analytics 4 não depende de cookies e também não armazena endereços de IP como a versão anterior. Isso aumenta a privacidade do usuário.
Outra mudança no quesito segurança é a inclusão de recursos relacionados à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
O objetivo dessas funcionalidades é ajudar as empresas a se adaptarem às regras da lei de proteção de dados.
O Google Analytics 4 se apresenta como uma ferramenta mais centrada no usuário, que pode acompanhar todo o ciclo de vida do cliente por meio das análises multiplataforma.
Para permitir esse monitoramento completo da jornada do usuário, a integração também passa pelo Google Ads, ferramenta de publicidade do Google.
Com a captação de dados do Google Ads, o Analytics 4 permite uma análise aprofundada sobre a performance das campanhas pagas, emitindo insights sobre tráfego e conversões, por exemplo.
Dessa forma, é possível avaliar os resultados, entender a jornada do cliente e otimizar as campanhas com base nesses dados para melhorar as conversões.
O Analytics 4 também apresenta quatro métricas novas aos usuários, além das já existentes no Analytics Universal.
Essas novidades tem como objetivo aprimorar a análise da taxa de rejeição, que era medida pelo Universal com base na interação do usuário com o site. A interação é contada quando o usuário muda de uma página para outra.
Portanto, um usuário que acessa o site e permanece na mesma página, entraria para essa taxa de rejeição do Analytics Universal.
As novas métricas do Analytics 4 mudam essa análise, trazendo KPIs de marketing que complementam a avaliação. Veja quais são elas:
– sessões engajadas: contada após o usuário permanecer com o site ou app aberto em primeiro plano por 10 segundos;
– tempo médio de engajamento: tempo médio que o site ou app ficou aberto em primeiro plano;
– sessões engajadas por usuário: média de sessões engajadas por cada usuário;
– taxa de engajamento: porcentagem total de sessões engajadas.
Com a análise multiplataformas, o rastreamento entre domínios tende a ficar mais fácil no Google Analytics 4.
A função de acompanhamento do usuário em vários domínios já existia na versão do Analytics Universal, mas agora esse processo não demanda nenhuma configuração adicional para medir o fluxo de dados.
Basta adicionar na ferramenta quais domínios ou subdomínios deseja acompanhar para ter acesso às métricas.
Dessa forma, quem trabalha com mais de um site, múltiplos domínios ou subdomínios, consegue acompanhar a jornada dos usuários entre diferentes plataformas, além de ter a opção de integração dos dados de navegação da web para o app.
A versão Beta do novo Analytics está disponível desde outubro de 2022, mas a migração completa do GA Universal para a versão atualizada acontecerá em julho de 2023. Isso significa que, a partir de 1º de julho, todas as propriedades do sistema de análises utilizarão o Analytics 4.
Para as contas registradas no Analytics 360, versão paga da ferramenta, o prazo para a migração completa acontecer é até 1º de outubro de 2023.
Até lá, os usuários têm a opção de continuar usando o Analytics Universal ou já fazer a migração para a versão atual e começar a utilizar a nova interface.
A partir do dia 1º de julho de 2023, data da migração completa, as contas do Analytics Universal param de computar dados. Ou seja, não haverá captação de novas informações a partir desta data.
Por isso, quem acessar a ferramenta nessa data, sem a migração para o novo sistema do Analytics, verá a contagem de acessos e de outras métricas zeradas.
Os usuários ainda poderão acessar dados antigos de históricos no Analytics Universal por pelo menos seis meses.
A recomendação do Google é que o usuário exporte seus relatórios históricos antes do prazo de migração e então faça a mudança para o Google Analytics 4 para iniciar a coleta de dados na nova ferramenta.
O Analytics 4 mantém o limite de dados – chamados de hits – coletados da versão anterior: 10 milhões de dados a cada 30 dias. Depois desse período, os dados passam a ter como base uma amostra e não mais dados reais.
Além de manter esse número máximo de hits, o Analytics 4 apresenta novas limitações:
– contas: uma conta do Gmail pode criar até 1.000 contas no Google Analytics 4;
– propriedade: cada conta criada no novo Analytics pode ter até 100 propriedades;
– eventos: é possível criar até 500 eventos por propriedade. Para eventos de conversão, o limite é de 30;
– retenção de dados: dados no nível do usuário, como conversões, podem ficar armazenados por um período de até 14 meses.
Os limites são diferentes para as contas do Analytics 360, que costuma oferecer um número máximo mais alto aos usuários cadastrados.
A migração do Analytics Universal para o Analytics 4 não precisará ser realizada por todos os usuários. Contas registradas depois do dia 14 de outubro de 2020 já trabalham com o sistema Analytics 4 desde sua versão Beta.
Para quem criou uma propriedade no Analytics antes dessa data, é necessário fazer a migração para a nova versão da ferramenta.
Nestes casos, o usuário pode contar com a ajuda de um assistente de configuração, desenvolvido pelo Google para simplificar o processo de transição.
Para acessá-lo, basta seguir esses passos:
– acessar o Google Analytics e fazer login na conta registrada;
– no menu, acessar a área “Administrados” e depois a seção “Propriedade”;
– clicar na opção “Assistente de configuração do GA4”;
– clicar em “Criar uma nova propriedade do Google Analytics 4”;
– acessar a nova propriedade do Analytics 4 para seguir as orientações do assistente.
O assistente compartilha todas as etapas necessárias para configurar a nova ferramenta corretamente, desde a criação de um fluxo de dados até a inclusão de usuários.
Caso a ferramenta não consiga reutilizar as tags cadastradas pelo usuário na versão anterior, é preciso passar por uma etapa de coleta de dados do site ou app.
Para os anunciantes, o assistente também orienta sobre a vinculação do Google Ads à nova plataforma.
O Google Analytics 4 é a nova versão da ferramenta de análises do Google, que chega para substituir o Analytics Universal.
A novidade apresenta mudanças no layout da plataforma, além de novas métricas e um processo de coleta de dados diferentes, baseado em machine learning e não mais dependente de cookies.
Na prática, essas alterações procuram trazer mais privacidade para empresas e usuários, assim como otimizar a análise de dados e permitir insights mais aprofundados.
A nova versão do Analytics já está disponível para os usuários, que devem fazer a migração para utilizá-la.
Em 1º de julho de 2023, acontece a migração completa do Analytics 4 e o sistema anterior deixa de capturar dados.
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