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Somos vítimas de Fake Science e não sabemos ?

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Opinião

Somos vítimas de Fake Science e não sabemos ?

Além de consumirmos fake news, podemos colocar mais um ingrediente venenoso e pernicioso em nossos pratos

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26 de julho de 2023 - 10h31

Estamos passando por um momento épico em nossa sociedade, em que a ciência tem uma crescente presença e impacto significativo nas pautas dos noticiários em geral. Vários temas chegam como ondas arrebatadoras, como o metaverso, a inteligência artificial e muitos outros. Entretanto, existe um conceito pouco falado e debatido hoje em dia: o fake science. Antes de começar, vamos primeiro entender o conceito. “Fake science” refere-se a qualquer forma de atividade científica que envolva engano intencional, manipulação ou fabricação de dados, resultados ou metodologias. Essa conduta enganosa compromete os princípios da genuína investigação científica, que se baseia na aplicação sistemática do método científico, pensamento crítico e adesão a padrões éticos. Existem várias formas de manifestações de “fake science”, e algumas das mais comuns incluem:

1 – Pseudociência: A pseudociência se refere a crenças ou práticas que afirmam ser científicas, mas carecem de evidências empíricas e não seguem os rigorosos processos de investigação científica. As ideias pseudocientíficas muitas vezes se baseiam em evidências anedóticas, dados selecionados seletivamente ou alegações infundadas, levando a conclusões enganosas.

2 – Dados fictícios ou fantasiosos: Em alguns casos, pesquisadores desonestos podem criar ou alterar intencionalmente dados para apoiar um resultado ou hipótese específica. Essa falsificação de dados pode ter consequências graves, pois deturpa os verdadeiros resultados de um estudo e pode induzir outros pesquisadores e o público a erro.

3 – Pesquisas enviesadas: O viés pode ser introduzido em várias etapas do processo de pesquisa, como no desenho do estudo, coleta de dados ou análise. Quando os pesquisadores têm noções preconcebidas ou interesses pessoais em resultados específicos, eles podem apresentar ou interpretar seletivamente os dados para apoiar suas crenças, resultando em resultados tendenciosos e não confiáveis.

As consequências da “fake science” podem ser danosas, profundas, abrangentes e minar a confiança do público na pesquisa científica, prejudicando o genuíno progresso científico e desperdiçando recursos em práticas ineficazes ou prejudiciais. Mas como saber se estamos sendo enganados? Quem audita os programadores e assegura os vieses estruturais? Quem faz esta curadoria? A comunidade científica, os formuladores de políticas e o público estão atentos para distinguir a genuína investigação científica da “fake science” a fim de garantir o avanço do conhecimento e o bem-estar da sociedade como um todo? A transparência na divulgação dos métodos e resultados da pesquisa e a avaliação crítica de evidências são etapas cruciais para salvaguardar a integridade da pesquisa científica. Estamos seguindo estas premissas? Quem, como e onde? Enfim, uma série de perguntas para a sociedade. Deixo o canal aberto para este debate mais que urgente, pois, além de consumirmos fake news, podemos colocar mais um ingrediente venenoso e pernicioso em nossos pratos.

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