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Saúde e agronegócio: as principais aplicações da IoT no Brasil

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Saúde e agronegócio: as principais aplicações da IoT no Brasil

Avanço do 5G deve promover a popularização de cidades e indústrias inteligentes, preveem especialistas

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26 de junho de 2023 - 6h03

Saúde e agronegócio são as áreas que mais usam internet das coisas (IoT) no Brasil, conforme Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de IoT (Abinc). Mesmo assim, para ele, o desenvolvimento desse conjunto de tecnologias, assim como em outros setores, passou por atraso durante a pandemia da Covid-19.

IoT e Casas Inteligentes

5G deve impulsionar a diversificação de soluções e dispositivos de IoT (Crédito: Divulgação/Positivo Tecnologia)

Antes da crise sanitária mundial, comenta Spaccaquerche, muitas projeções apontavam que, no mundo, a quantidade de sensores conectados poderia chegar a 50 bilhões. “Essas estimativas não foram nem sequer alcançadas pela metade. No entanto, a abrangência atual no mundo é bastante ampla”, afirma.

De acordo com o estudo qualitativo ISG Provider Lens™ Internet of Things – Services and Solutions Brazil, ainda assim, houve aumento no número de fornecedores, investimentos e receitas de serviços nesse mercado. A pesquisa deve ser lançada em julho, mas David Pereira, analista da TGT ISG e autor do diagnóstico, adiantou algumas informações com exclusividade ao Meio & Mensagem.

Na atualidade, entre as principais aplicabilidades globais estão indústria, casas e cidades inteligentes; saúde conectada; e a Indústria 4.0, voltada para conectividade e monitoramento de máquinas e processos de produção. Além disso, o IoT também tem contribuído em diversas ações direcionadas ao ESG, sobretudo na área ambiental.

No Brasil, de acordo com o Pereira, as prioridades do Plano Nacional de IoT, instituído em 2019, já resultam em cases reais. Os setores estratégicos da economia brasileira definidos pela política são agricultura, saúde, cidades inteligentes e indústria. “No Brasil, as empresas saíram da fase de provas de conceito para a demonstração de valor”, diz.

O desenvolvimento desse campo, no entanto, precisa de processo maior de conscientização e divulgação no mercado brasileiro. Dessa forma, Spaccaquerche acrescenta que, além de maior definição por parte do governo, existe a necessidade de união dos próprios fornecedores de tecnologia para desenvolver o setor.

IoT e 5G

O presidente da Abinc comenta que o impulso proporcionado pelo 5G possibilitou o desenvolvimento de projetos que estavam estagnados e precisavam de tecnologias. Na saúde, existem avanços na interação direta e de qualidade entre paramédicos e hospitais de dentro da ambulância, por exemplo.

Já no setor agrícola, diversos equipamentos estão equipados com sensores, o que aumenta a produtividade nas áreas rurais. Além disso, Spaccaquerche diz que a indústria manufatureira, em pleno processo de automação, também tende a ter melhorias. “O 5G, que oferece conectividade segura e de baixa latência, é uma tecnologia que impulsiona o IoT”, resume.

Casas inteligentes

A Positivo Casa Inteligente é uma das plataformas pioneiras especializadas em IoT no mercado brasileiro, com soluções e produtos para automação e segurança de casas e escritórios. A Positivo Tecnologia lançou essa frente em 2019 e, recentemente, comemorou a marca de 1 milhão de usuários cadastrados no aplicativo capaz de controlar as tecnologias.

Com os resultados, a companhia acabou de lançar, no último dia 13, a PositivoSEG, unidade de negócios de segurança eletrônica voltada para o mercado B2B. Segundo José Ricardo Tobias, diretor de IoT da companhia, pelas duas vertentes, o novo serviço vai de circuito fechado de televisão (CFTV) a central de alarmes e opções de conectividade.

“Com a popularização do 5G, a tendência é que motive a popularidade dos dispositivos de IoT. Com isso, haverá o aumento na variedade de produtos no mercado, possibilitando o aprimoramento de smart devices. O segmento está em ascensão e o uso é realidade cada vez mais presente”, prevê.

Tendências

No campo das tendências, Pereira, analista e autor do ISG Provider Lens™ Internet of Things – Services and Solutions Brazil, enumera algumas áreas que devem se destacar:

  • IoT as a Service, que é a terceirização da infraestrutura e gerenciamentos de aplicativos de internet das coisas em provedores externos;
  • Information Technology (IT) e Operation Technology (OT) convergindo tanto em termos de tecnologia quanto prestação de serviços;
  • Inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML) usados para analisar dados e, assim, melhorar a eficiência e a eficácia dos aplicativos de IoT;
  • Com a segurança como tema central nos debates, deve crescer o desenvolvimento de dispositivos e redes IoT mais seguras;
  • Gêmeos digitais, que são representações virtuais de objetos ou sistema físico. Podem ser usados para monitorar e otimizar o desempenho de dispositivos e sistemas IoT.
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