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De 7 a 15 de março de 2025 I Austin - EUA
SXSW

Existe um South By para cada um

Festival é uma experiência única e não tem fórmula. Tem que experimentar.


14 de março de 2025 - 12h11

Comecei a escrever esse artigo no voo PARA AUSTIN da ida fazendo uma reflexão de como havia me preparado e balizando minhas expectativas do SXSW 25. Agora, seis dias depois volto a escrever com a jornada completa, 25 palestras e mais umas outras tantas para assistir online para completar o ciclo SXSW 2025. Todos os anos repito a mesma estratégia, assisto aos painéis ou palestras que faço questão de ver ao vivo e separo as que sei que posso assistir on-line

E por fim, finalizo minha jornada fazendo uma apresentação para a minha equipe.

Leio muitos comentários e artigos de pessoas que sigo e acompanho diversos perfis de publicações. A cabeça fica borbulhando de tanta informação.

Poderia até não ir ao festival e mesmo assim acessar o conteúdo, mas a experiência de viver o dia a dia do South by é única. Meu foco esse ano, era a princípio em AI e em longevidade, mas como o festival é um promotor do caos e do” tudo ao mesmo tempo agora”, mas acabei me deixando levar pela dica de amigos e também pelo o que fui pesquisando ao longo dos dias.

Além da minha sempre companheira de conteúdo, a Ana, tive a companhia de sua filha mais velha, Alice, uma jovem de 23 anos, que nos mostrou coisas novas e um olhar fresco para as ativações. Alice agora faz parte do time.

E se por um lado assistimos palestrantes pessimistas, apresentando cenários de curto e médio prazo nada alentadores, como uso da tecnologia para fins não éticos ou no mínimo duvidosos, por outro, ouvimos pessoas mostrando caminhos alternativos, mas muito possíveis sobre o retorno das conexões no mundo real, aplicativos como o Mozi, que resgata a proposta original do social, que inicialmente tinha um propósito muito simples, promover conexões.

Mas o sopro de alegria veio do avanço da medicina, para a cura de doenças hoje, sem muita esperança e a ênfase na prevenção.

Muito se falou de meditação, da conexão interior, para expandir pensamento, para estimular a criatividade e proporcionar um ambiente cognitivo de inovação. Isso é bastante interessante, apesar de não ser nenhuma novidade, mas será fundamental para fazermos um uso inteligente dos agentes de IA. O ser humano usando a IA para criar e facilitar o cotidiano no mundo real. Outro ponto que chamou atenção foi a volta do olhar para o storytelling focado no indivíduo. Foram mais de 140 painéis sobre o tema. E olha aí o indivíduo e o mundo real de novo no centro do palco.

Essa foi a minha quinta edição do SXSW. Foi um evento com poucas novidades do ponto de vista da disrupção e mais continuidade dos temas. A delegação brasileira, tradicionalmente, a segunda maior, só atrás dos americanos. A Casa São Paulo, foi um ponto alto, apresentou uma grade interessante e um ambiente agradável para networking para a comunidade brasileira. Aliás, a socialização dos brasileiros é um capítulo a parte no festival, muito deles procuram no Festival um espaço de networking e festividades, mas esse não é o meu festival.

Austin e uma cidade acolhedora e muito do que experimentamos tem a ver com o ambiente.

Esse ano também foi diferente, estou treinando para a meia maratona de NY e ao longo dos dias encaixei treinos. Austin e um lugar perfeito para esportes ao ar livre e para a corrida. Ao longo dos kms percorridos aproveitei para processar aquela quantidade de informação em cada passo que eu dei. Deixo aqui meu muito o obrigada ao SXSW Austin. Ano que vem parto para uma nova experiência. Bora conhecer South by London?

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