Zoo da Inovação I EP 4: Zebra

Taís Farias
26 de janeiro de 2023 - 17h23

No mundo dos negócios, o unicórnio não é um bicho mitológico, mas uma startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão. E no ecossistema da inovação, a fauna é ainda maior. Na série original o Zoo da Inovação, Meio & Mensagem apresenta o conceito por trás das startups unicórnio, camelo, dragão e zebra.

Se são as cifras as responsáveis por fazer com que uma startup se torne um unicórnio, no mundo das zebras, outros valores, como sustentabilidade, propósito e impacto são bem mais importantes.

O conceito de startup zebra nasceu em 2017, em um manifesto criado por quatro mulheres empreendedoras que fundaram empresas e viveram as dificuldades do modelo de venture capital ou capital de risco. são elas Jennifer Brandel (CEO & co-founder da Hearken), Mara Zepeda (CEO & co-founder da Switchboard), Aniyia Williams (founder & CEO da Tinsel) e Astrid Scholz (founder and managing partner da Armillaria).

“As zebras consertam o que os unicórnios quebram” é uma das frases mais emblemáticas desse documento e virou mote do movimento zebra. Na prática, as startups zebra são o contraponto ao modelo de expansão agressiva e crescimento acelerado.

Essas empresas buscam modelos de crescimento sustentáveis e conexão com a comunidade onde estão inseridas. O manifesto zebra também critica o fato de que o destino mais comum para os investimentos são empresas fundadas por homens brancos e heterossexuais, enquanto as zebras preconizam a diversidade.

Apesar de não ser um conceito muito difundido por aqui, existem, sim, empresas e startups brasileiras que estão dentro da lógica das zebras. Um desses exemplos é o Banco Pérola, que oferece crédito para pequenos negócios e empreendedores sociais. E o NaPorta, uma logtech que viabiliza entregas em comunidades e regiões periféricas.