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Projeto Falas, da Globo, aposta no humor em 2025

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Projeto Falas, da Globo, aposta no humor em 2025

Falas Femininas abre o calendário de especiais de diversidade da emissora, que terão formato de stand-up comedy e esquetes


6 de março de 2025 - 12h25

Marisa Orth, Deborah Secco e Cacau Protásio são as apresentadoras do Falas Femininas, que abre o calendário de especiais de diversidade da Globo em formato de comédia (Crédito: Globo/Beatriz Damy)

Em tempos de segmentação de audiências, o desafio da TV aberta tem sido dialogar com um público amplo sem perder a relevância. Para isso, até mesmo conteúdos sérios precisam ser abordados de forma estratégica.

Essas premissas têm norteado a Globo, que, em 2025, vai apostar na comédia para propagar mensagens sociais importantes. Exemplo disso é o Falas Femininas, que abre o calendário de especiais de diversidade da emissora e estreia na segunda-feira, 10, no formato de stand-up comedy e esquetes, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

“O riso tem um papel social poderoso, ajudando a enfrentar a realidade e fortalecendo laços. O Projeto Falas busca explorar essa força por meio de conteúdos que reflitam o nosso tempo”, avalia Patricia Pedrosa, diretora do gênero humor nos Estúdios Globo.

Este ano, o Falas Femininas terá Marisa Orth, Deborah Secco e Cacau Protásio como apresentadoras, que também irão interpretar diversas personagens. O especial conta ainda com a participação das atrizes Lilia Cabral, Arlete Salles, Elisa Lucinda, Heslaine Vieira, Evelyn Castro, Stella Miranda, Ademara, Marianna Armellini, Angela Dip e Betina Camara. 

Humor como ferramenta de conscientização

Ao longo do ano, estão previstos outros especiais do projeto, para contemplar mais camadas identitárias. Os confirmados são Falas da Terra, Falas de Orgulho, Falas de Acesso, Falas da Vida e Falas Negras. Desde sua estreia, em 2020, o Falas já explorou formatos diferentes, como documentário, dramaturgia e experimento social.

Segundo a emissora, em 2025 o humor vai permear todos os especiais, mantendo a função crítica de gerar conversa, informar e conscientizar o público. A ideia é que a audiência conheça e tenha insumos para debater as principais pautas de diversidade no Brasil, por meio de formatos já populares, como o stand-up comedy e esquetes.  

Para Marisa Orth, conhecida por seus grandes papéis na comédia, o humor é uma ferramenta importante para conscientização da população. “É bacanérrimo que essa emissora de televisão tenha abraçado isso, investido nisso, me chamado para fazer isso. E eu adorei, porque agora tem uma pegada de humor, e eu sempre achei que o humor é uma ferramenta muito crítica, muito aguda, muito penetrante”, diz.   

Já Deborah Secco revela que o Falas terá palco e plateia. “Em 2025, a gente pretende debater esses temas tão importantes, jogar luz sobre eles de forma leve e muito bem-humorada. Tem stand-up, tem cena, tem número musical, tem palco. A gente apresenta com plateia. Então, acho que vai ser diverso e divertido.”

Do tabu da menstruação aos padrões de beleza

Sobre os temas, Cacau Protásio analisa: “Falamos de casamento, menstruação, nascimento, amor, sexo, sobre tudo. São assuntos necessários que a gente realmente não fala, algumas mulheres não têm essa coragem, às vezes têm medo, pudor. E o Falas vai nos ajudar a debater, a colocar para fora os nossos desejos, nossos sonhos e contar também as nossas frustrações”.   

Em um dos esquetes, as apresentadoras Deborah Secco, Cacau Protásio e Marisa Orth aparecem ao lado da atriz Gabriela Loran como paquitas. Elas fazem uma paródia da música “Fada Madrinha”, tema de algumas performances do grupo, e cantam sobre o que já fizeram para se encaixar nos padrões de beleza, como uma forma divertida de criticar a busca pelo corpo perfeito. 

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