Qual a importância da educação empreendedora para construir um mundo equânime?
As mulheres ainda enfrentam barreiras no mercado de trabalho, e a mudança nas estruturas patriarcais de nossa sociedade pede por ações efetivas
Qual a importância da educação empreendedora para construir um mundo equânime?
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1 de abril de 2024 - 6h10
Em 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A data foi oficialmente reconhecida pela ONU em 1975, sendo um conjunto de reivindicações femininas por direitos e, sobretudo, por condições de trabalho dignas ao redor do mundo, o principal catalisador.
Dessa forma, entendemos a importância de lançar luz sobre questões ainda enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho, como desigualdade salarial, assédio, e a dificuldade de ascensão profissional. Mas é preciso ir além: a mudança nas estruturas patriarcais de nossa sociedade pede por ações efetivas.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor 2020 em parceria com o Sebrae, o Brasil é o sétimo país do mundo com mais negócios liderados por mulheres. Dentre 52 milhões de empreendedores, 30 milhões são mulheres, isto é, 57,7%. Isso demonstra não apenas a presença significativa das mulheres no empreendedorismo, mas também sua capacidade e determinação em superar obstáculos e buscar oportunidades.
As mulheres empreendedoras enfrentam desafios únicos. Muitas vezes, têm acesso limitado a recursos financeiros, redes de apoio e capacitação adequada. São nessas dores que a educação empreendedora desempenha um papel fundamental.
Na EBEM, Escola Brasileira de Empreendedorismo Feminino, trabalhamos com três pilares: a nova era da economia feminina, o acolhimento e, finalmente, o investimento nos talentos das mulheres e a celebração das particularidades e trajetórias de cada uma delas.
A estratégia para incentivar negócios femininos que traz os resultados mais facilmente perceptíveis é justamente comprar de outras mulheres. É simples, mas faz toda a diferença. Quando líderes femininas negociam entre si, indicam umas às outras e trabalham lado a lado, constroem uma economia autossustentável e com vida própria.
Contar com redes de apoio acolhedoras desempenha um papel fundamental no avanço das mulheres no mundo empreendedor. Por esse motivo, é essencial que as mulheres, juntas, superem os estereótipos de gênero impostos pelo patriarcado que as impedem de alcançar seu pleno potencial. Em uma rede de apoio verdadeiramente inclusiva, cada mulher se sente livre para expressar sua individualidade e singularidade. Criar um espaço seguro onde todas possam compartilhar experiências, ideias e desafios, sem medo de julgamento ou discriminação, é o primeiro passo para construir uma comunidade sólida e próspera. Quando as mulheres se apoiam mutuamente, quebram barreiras e promovem uma cultura de colaboração e crescimento mútuo, todas saem ganhando.
Quando se trata de educação corporativa, é crucial adotar uma mentalidade voltada para a contratação e valorização de mulheres de diferentes idades, etnias, situações familiares e socioeconômicas. Apostar e enaltecer as lideranças femininas deve ser uma prioridade, oferecendo o suporte e as ferramentas necessárias para que as mulheres possam contribuir ativamente para a evolução do negócio.
Esses três pontos são decisivos para ajudar as empreendedoras femininas a superar desafios, desenvolver sua confiança e trilhar o caminho rumo a um negócio sustentável e lucrativo. As mulheres detêm todo poder para transformar o mundo por meio de suas ideias e iniciativas, mas para isso, antes de tudo, precisam reconhecê-lo.
Para avançar na equidade de gênero é vital que haja compromisso e capacitação contínua de mulheres não apenas no mês de março, como em todos os outros. Somente assim poderemos construir um mundo verdadeiramente equânime.
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