Grupo Papaki relança revista Elle no Brasil
Título, que deixou de circular em abril de 2018, retorna com foco em produções digitais, podcasts e vídeos
Título, que deixou de circular em abril de 2018, retorna com foco em produções digitais, podcasts e vídeos
Thaís Monteiro
9 de março de 2020 - 6h00
Descontinuada pela Editora Abril em agosto de 2018, em maio a revista Elle voltará a circular, agora publicada pelo Grupo Papaki, empresa de produção audiovisual. Ao contrário da versão anterior, o impresso será um produto premium, com quatro edições ao ano, enquanto a publicação mensal estará disponível digitalmente. O foco do grupo, no momento, é apostar em produtos digitais, como podcasts, vídeos e demais conteúdos audiovisuais.
O licenciamento com a Lagardère, empresa proprietária da marca no mundo, está previsto para durar cinco anos. “Para os franceses da Lagardère, sair do Brasil nunca foi uma opção. Este sempre foi um mercado importante. O Brasil foi um dos primeiros países a licenciar a marca, há 30 anos, e a edição brasileira sempre foi uma das mais relevantes da rede mundial da Elle. Os franceses buscavam novos parceiros e apostaram na nossa visão para o futuro da marca”, conta Paula Mageste, publisher da revista.
Os pilares editoriais e os valores da marca não mudaram. O título permanece cobrindo o mercado de moda, beleza e lifestyle, que contempla cultura, viagem, gastronomia e decoração.: moda , beleza, lifestyle (cultura, viagem, gastronomia, decoração). O público alvo são mulheres, prioritariamente na faixa de 25 a 45 anos.
“O fim de Elle deixou um vazio que não foi preenchido por nenhuma outra marca. Nas redes sociais recebemos muitas mensagens saudosas de leitores que continuaram falando de Elle e relembrando grandes momentos da marca, mesmo ao longo deste um ano e meio em que ela estava fora do mercado. O perfil no Instagram praticamente manteve o número de seguidores, mesmo estando inativo por durante quase dois anos”, lembra Susana Barbosa, diretora editorial do título. Quando a publicação foi encerrada pela Abril, Susana ocupava o cargo de diretora de redação da revista.
O novo modelo da Elle no Brasil — centrada no digital, com ênfase na produção audiovisual e presença mais forte nas redes sociais — representa um pioneirismo da marca global, diz Paula. “Acreditamos que vídeo e podcasts são formatos imprescindíveis hoje para qualquer audiência e para qualquer veículo. Essa é uma das principais formas que as pessoas consomem conteúdo hoje”, coloca Susana. Para essa operação centrada no digital, a empresa fechou acordos empresas que provêm ferramentas para enriquecer as qualidades dos dados obtidos.Fora dos formatos áudio e vídeo, a revista digital exclusiva para assinantes oferecerá conteúdo inédito e navegação interativa; o site contará com conteúdo aberto e a proposta do grupo é fazer da revista um objeto colecionável. A publicação será distribuída em livrarias e outros pontos estratégicos e poderá ser adquirida pelo site do título. Haverá venda avulsa para ambas as revistas. Serão dois modelos de assinatura: anual para a revista digital mensal e anual premium, que inclui as quatro edições impressas e as doze edições mensais digitais.
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A publicação contará com publicidade, projetos com marcas, marketing de afiliados, assinaturas, vendas avulsas e cursos como fontes de receita. Numa segunda etapa, Paula afirma que o grupo terá novos negócios e produtos em torno da marca.
Com Elle, o Grupo Papaki lança seu braço editorial, a Papaki Editora. Além da Papaki Editora, o Grupo Papaki quer explorar o mercado de e-commerce e mais produção nas áreas de cultura e entretenimento para TV e cinema.
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