Comportamento e IA
Como as empresas podem se adaptar às mudanças no comportamento do cliente impulsionadas pela IA generativa?
Como as empresas podem se adaptar às mudanças no comportamento do cliente impulsionadas pela IA generativa?
22 de novembro de 2024 - 6h00
À medida que a tecnologia evolui, ela também transforma a maneira como os consumidores interagem com as marcas, destacando a urgência para que as organizações compreendam a mudança nas expectativas dos seus clientes. De acordo com uma pesquisa da Twilio, quase 3/4 esperam experiências mais personalizadas. Mas e quando esse objetivo não é atendido? Segundo a pesquisa, 76% se sentem frustrados quando isso ocorre.
Essas transições são impulsionadas pelo avanço das ferramentas de IA, que permitem uma comunicação mais inteligente e sensível. Com a IA generativa, as pessoas conseguem realizar pesquisas mais aprofundadas, resultando em decisões mais informadas e precisas. Contudo, à medida que essas capacidades se expandem, a concorrência também aumenta. Por isso, é fundamental que as empresas acompanhem o cenário em constante evolução e se alinhem à nova mentalidade da população.
O “jogo” das vendas e do varejo está evoluindo para um novo paradigma, onde o foco deixa de ser apenas o produto e passa a ser a oferta de experiências e serviços. Segundo a McKinsey, marcas que acertam na personalização podem aumentar a sua receita em até 40%, demonstrando que os consumidores não buscam mais apenas produtos, mas sim algo exclusivo que reflita o seu estilo de vida e os seus valores. Para atingir essa meta e obter sucesso, os negócios precisam criar conexões com os clientes, construindo lealdade ao utilizar tecnologia para entendê-los melhor e oferecer vivências altamente personalizadas.
Além disso, a IA conversacional está elevando o nível da customização, tornando as interações mais envolventes e humanizadas. Em um estudo da Contentsquare, mais de 2.700 profissionais de marketing identificaram as ferramentas conversacionais baseadas em IA como uma tendência crítica para 2024. Essa tecnologia vai além dos chatbots, incluindo sistemas de voz e plataformas de atendimento alimentadas por IA que proporcionam comunicação em tempo real, por exemplo.
O foco, portanto, está se deslocando para a criação de ecossistemas de serviços integrados, em vez de produtos isolados. Empresas como Amazon e Google estão liderando essa transformação, usando IA conversacional para desenvolver plataformas abrangentes que integram compras e acesso a informações em uma experiência mais simples e amigável. Essa abordagem visa antecipar as necessidades dos clientes, proporcionando vivências mais contínuas e satisfatórias.
A análise de dados baseada em IA também impacta a forma como as companhias entendem e respondem às necessidades dos clientes. Com algoritmos de aprendizado de máquina, as organizações podem vasculhar grandes conjuntos de dados para identificar tendências e padrões. Isso significa que elas podem ajustar seus produtos e estratégias de marketing com base em insights em tempo real.
O relatório do Twilio destaca ainda que os negócios que utilizam análises avançadas frequentemente têm maior engajamento e satisfação dos consumidores. Por exemplo, a análise preditiva pode ajudar a prever preferências, permitindo que as marcas sejam proativas em suas ofertas. Essa abordagem baseada em dados é essencial para desenvolver o ciclo de vida de um produto em torno do feedback das pessoas.
IA deve ser integrada na estratégia, nas operações e na liderança das organizações
Mais do que nunca, a centralidade no cliente deve ser uma prioridade. As corporações precisam ser capazes de se adaptar constantemente com base nas preferências dos consumidores e no surgimento de novas ofertas concorrentes. Felizmente, utilizar a IA para simplificar decisões está mais fácil do que nunca.
A tecnologia está abrindo as portas para a próxima fase da transformação digital. Para ter sucesso nessa jornada, é essencial estar preparado para se adaptar rapidamente, pois a IA precisa ser integrada de forma profunda nas estratégias e nas operações da empresa, e a sua evolução é constante. A liderança deve ainda fomentar uma cultura de aprendizado contínuo, que será fundamental para este avanço. Adotar uma abordagem ágil, uma mentalidade orientada por dados e estar disposto a explorar novas ideias serão determinantes.
Nos próximos anos, as empresas mais bem-sucedidas serão aquelas que colocarem as pessoas no centro de suas estratégias. Essas companhias vão fazer do entendimento das necessidades, das expectativas e dos comportamentos humanos a peça-chave para personalizar cada etapa da jornada do cliente.
Adotar hiperpersonalização, interfaces conversacionais inovadoras e insights baseados em dados não é apenas uma tendência — é uma exigência fundamental para o engajamento moderno. Marcas que não tiverem a ousadia de assumir esses riscos estarão condenadas a perder relevância no mercado. Assim, somente aquelas dispostas a evoluir com seus consumidores vão sobreviver à próxima era.
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