Após três anos, Naked fecha as portas
Agência de Fernanda Romano, que ainda atendia Google e Yázigi, demitiu 60 funcionários nesta sexta-feira 12
Agência de Fernanda Romano, que ainda atendia Google e Yázigi, demitiu 60 funcionários nesta sexta-feira 12
Felipe Turlao
12 de junho de 2015 - 6h05
Após três anos de mercado, a agência Naked Lá na Vila fechou as portas nesta sexta-feira, 12. Seus cerca de 60 funcionários foram comunicados da decisão, embora já tivessem sido avisados há algumas semanas de que o desfecho negativo do negócio seria inevitável.
A decisão teria sido tomada pelas três principais executivas da agência – Fernanda Romano, Tatiana Shibuya e Renata Canto Porto. Elas devem seguir juntas, prestando consultoria.
Após uma discussão com o sócio Rodrigo Pereira, que deixou a agência em dezembro de 2014 rumo à VML, a sobrevida da Naked virou questão de tempo. A agência ainda tinha faturamento, já que atendia as contas de Aramis, Oi, Google, Yázigi e Kingtson, que podem migrar para outras agências junto com alguns executivos. A We deve ser uma das beneficiadas.
Seja como for, a agência fecha as portas, ao que tudo indica, por desentendimento entre os sócios, já que possuía clientes interessantes e chegou a negociar a entrada de um sócio-investidor no final do ano passado.
Agência da Vila
A Naked chegou ao mercado em março de 2012, após cinco anos de tentativas, através da incorporação da Player Comunicação Digital. Seus principais executivos na inauguração eram Fernanda Romano e Pedro Assumpção, ex-fundador da Geo Eventos, Renata Canto Porto, Tatiana Shibuya e Rodrigo Pedreira. Pedreira e Tatiana eram remanescentes da Player.
O primeiro cliente da nova estrutura foi Oi, que entregou à agência a verba de relacionamento na esfera digital.
Apesar da marca global e da experiência dos executivos, a Naked jamais brilhou como se esperava no mercado brasileiro. A agência ganhou projetos dos mais variados tipos, de clientes importantes como Google e Oi a projetos pitorescos como as redes sociais da dupla João Lucas e Marcelo, do hit “Eu quero tchu, eu quero tcha”. Outros momentos curiosos da agência foram a inauguração de um hostel na Vila Madalena para abrigar jovens estrangeiros criativos durante a Copa do Mundo – o projeto Bootcamp Hostel Lá na Vila teve patrocínio da Skol e foi um sucesso. Outra momento marcante da agência foi o projeto ‘Eu fico pelado pra Isa ser Naked”, que convenceu as sócias a contratarem a publicitária Isabella Gimenez, que tirou a roupa e mobilizou multidões a fazerem o mesmo pelo emprego.
*Colaborou Alisson Fernández
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