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Amazon projeta entregas com drones

Varejista considera a possibilidade completamente factível com a criação de zonas aéreas especiais


31 de julho de 2015 - 11h34

(*) Do Advertising Age

A primeira onda de drones comerciais de longo alcance deve poder operar em baixa altitude e em um espaço determinado, e terão que permitir ser rastreados, de acordo com a visão da Amazon do futuro.

Enquanto as regulações do governo dos Estados Unidos no momento só permitem um uso limitado dos voos não tripulados, a Amazon está criando um diagrama para um sistema de tráfego aéreo e a tecnologia necessária está amadurecendo rapidamente, de acordo com Gur Kimchi, um vice-presidente que comanda a divisão de entregas por drones da companhia.

“É completamente factível”, diz Kimchi, falando pela primeira vez sobre como a companhia prevê um sistema ordenado guiando uma aeronave de entrega pequena e não tripulada. Ele falou sobre a visão da companhia em uma conferência organizada pela Nasa no Centro de Pesquisa Ames em Mountain View, na Califórnia.

Ter um guarda de trânsito no céu é essencial antes que a maior varejista online do mundo possa revolucionar a forma como são feitas as entregas usando drones. As expectativas são grandes para Amazon, Google e outras companhias que querem desenvolver o comércio por drones, tanto para áreas de linhas de energia até áreas agrícolas.

Uma equipe nas instalações da Nasa perto do Vale do Silício está liderando as tentativas do governo de criar um sistema de tráfego aéreo para os drones, apelidado de Gestão de Sistema de Tráfego Aéreo Não Tripulado.

Mais de 100 companhias já expressaram interesse em participar das tentativas da Nasa e pelo menos 14 assinaram acordos para trabalhar com a agência, incluindo gigantes da tecnologia e comunicações, como Google, Amazon e Verizon.

Segundo a Amazon, a único maneira de os drones alçarem voo sem baterem um no outro ou ameaçarem a aviação tradicional é exigir que o equivalente a planos de voo sejam feitos e que os drones comuniquem suas posições para um sistema de computadores centralizado e disponível para todos os operadores.

Kimchi defende que estabelecer requisitos para o equipamento e o comportamento dos operadores de drones é um problema complexo para uma indústria inexperiente, mas ele disse que a ampla maioria das pessoas seguiria as regras, assim como nas rodovias.

A chave para criar um sistema seguro é, pelo menos inicialmente, manter os veículos não tripulados longe dos aviões e helicópteros tradicionais. “É muito mais complicado criar um sistema em que os drones voem rotineiramente junto com outros tipos de aviação”, opina.

Em fevereiro, a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) liberou os primeiros passos da elaboração das regras para drones. Uma vez finalizadas, elas permitiriam voos comerciais somente durante o dia e à vista do operador dos drones em solo, padrões rudimentares que não permitirão entregas, inspeções de longo alcance e outras operações complexas. Drones não são permitidos num raio de cinco milhas dos aeroportos.

Além dos requisitos estabelecidos pela FAA, Kimchi acredita que os drones também deveriam ficar a 400 pés do chão, o que os manteriam longe das aeronaves tradicionais, que na maioria das vezes voa a mais de 500 pés. Em casos raros em que as aeronaves entrariam no espaço de voo dos drones, como um helicóptero médico de emergência, os drones imediatamente abririam caminho.

Tráfego local
Drones de alta velocidade ficariam entre 200 e 400 pés, enquanto o tráfego local e os drones mais lentos voariam abaixo deles, projeta Kimchi. Um banco de dados de ameaças conhecidas para os voos, como torres e prédios, seria desenvolvido e compartilhado com os usuários, que automaticamente dirigiria os veículos para longe do perigo. Drones de longo alcance devem avisar onde eles pretendem voar e devem estar sempre conectados a internet para que possam ser rastreados e para que os operadores possam receber alertas se eles estiverem em perigo.

Para evitar colisões no ar, os veículos devem ser capazes de comunicarem entre si. Tecnologias existentes de veículo-para-veículo, que estão sendo desenvolvidas para automóveis, devem ser adaptadas para drones. Além disso, os drones capazes de voar grandes distâncias devem ser equipados com sensores capazes de detectar pássaros e outros perigos que não estão previstos.

Assim como a Amazon, o Google acredita que não é necessário um único operador de tráfego aéreo para os drones. Desde que os dados que mostram onde os equipamentos estão voando sejam enviados para um sistema central de computadores, qualquer companhia deveria poder participar. Kimchi não quis dar um prazo de quando esse sistema estaria pronto. Mas a maioria da tecnologia, como a comunicação dos drones por meio de redes de celulares, já é possível, diz.

Tradução: Odhara Caroline Rodrigues

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