O que aconteceu com o mercado de chicletes em 2022?
Altamente afetado pela baixa na circulação e o uso de máscaras, setor busca recuperação e Bubbaloo aposta na nostalgia e nas novas gerações
O que aconteceu com o mercado de chicletes em 2022?
BuscarO que aconteceu com o mercado de chicletes em 2022?
BuscarAltamente afetado pela baixa na circulação e o uso de máscaras, setor busca recuperação e Bubbaloo aposta na nostalgia e nas novas gerações
Taís Farias
22 de dezembro de 2022 - 12h31
Para driblar crise e conquistar as novas gerações, Bubbaloo entrou em um novo segmento com balas macias (Crédito: Divulgação)
No início da semana, a Mondelez anunciou, em comunicado, a venda de sua divisão de chicletes nos Estados Unidos, Canadá e Europa. A negociação inclui marcas como Trident, Dentyne e Chiclets e teve um valor total de US$ 1,35 bilhão. A compradora foi Perfetti Van Melle Group, empresa europeia fabricante de marcas como Mentos e Chupa Chups. A negociação envolveu também uma fábrica, nos Estados Unidos e não se aplica a outros países, como o Brasil.
A mudança nos negócios e o desinvestimento é reflexo de um período difícil para o setor. Segundo dados do Euromonitor International, no Brasil, antes do início da pandemia da Covid-19, 99.8% das vendas de chiclete eram realizadas em lojas físicas. Destas, 44% em pequenas mercearias.
Com a circulação afetada e o uso de máscaras, o consumo de chicletes e balas desacelerou. Soma-se a isso o fato de as compras no segmento acontecerem por impulso. Ou seja, elas não são planejadas pelo consumidor. Outro ponto é que, mesmo antes da pandemia, o usuário já demonstrava uma preocupação extra com a saúde e o consumo exagerado de açúcar.
“A pandemia foi um momento desafiador para categoria de Gomas e Balas, porque afetou tanto as ocasiões de consumo que são fortemente associadas à socialização ou mobilidade, como também as ocasiões de compra bastante concentradas no pequeno varejo, quanto no momento de impulso das grandes lojas – área da fila dos caixas – ocasião também fortemente afetada pelo distanciamento social e o próprio receio de tocar nos produtos que ficavam expostos”, explica Ana Carolina Teixeira, diretora de marketing de balas e gomas da Mondelez Brasil.
No País, em 2022, as vendas teriam crescido cerca de 13%, segundo o Euromonitor. Mas ainda estão distantes do patamar anterior à pandemia. A Mondelez é a líder em participação no mercado (quase 82%). Entre as marcas, Trident lidera, seguida por Mentos, Bubbaloo e Big Big.
Na terceira colocação em participação no mercado, Bubbaloo protagonizou uma série de movimentos nessa retomada. Em outubro do ano passado, a marca anunciou uma parceria com a linha Cuide-se Bem, de O Boticário. Os produtos foram inspirados e levam a fragrância do chiclete de tutti-frutti. A parceria esgotou em pouco tempo disponível.
Depois do sucesso, a ação foi retomada em agosto desse ano, com espaço para as fragrâncias de uva e morango. No mês seguinte, foi a vez da marca de chicletes se unir a Trakinas, também da Mondelez, que lançou uma bolacha com sabor Bubballoo tutti-Frutti.
https://twitter.com/Itspedrito/status/1565034377893105664
Outra novidade, foi que depois de cinco anos sem lançamentos, a companhia entrou em um novo segmento com uma linha de balas macias Bubbaloo. O fio que une toda essa estratégia é a nostalgia e o desejo de, ao mesmo tempo, atender quem foi fã da marca na infância e despertar o desejo das novas gerações.
“Sabemos que Bubbaloo é uma marca icônica na vida dos brasileiros desde a década de 80, quando lançou o primeiro chiclete recheado. Fizemos parte da infância de muitas pessoas e os nossos sabores têm o poder de transportá-las de volta para esses momentos felizes. Essa nostalgia, que balança o coração dos Millenials, com certeza foi um dos fatores que levou nossa marca de volta para as conversas com tanta força na collab com O Boticário, por exemplo. A relevância que recebemos desse público fez com que chegássemos perto das outras gerações, como a Z e a Alpha, que são o nosso foco atual”, conta Ana Carolina Teixeira.
“Abraçamos o desafio de entrar no segmento de balas macias para reacender a nossa trajetória e conquistar os corações das novas gerações”, acrescenta a executiva.
Compartilhe
Veja também
Dançar Marketing: unindo a cultura com a experiência de marca
Em entrevista, Adriana Marchetti, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da companhia, destaca tendências do mercado de marketing cultural no Brasil
Ram se torna patrocinadora da NFL no Brasil
Marca estará presente nas ações da liga no País em 2025 e do jogo da temporada regular que acontece em São Paulo neste ano